A Alphabet (GOGL34), controladora do Google, registrou lucro líquido de US$ 20,69 bilhões no quarto trimestre de 2023, com lucro por ação ajustado de US$ 1,64, acima da previsão de US$ 1,59 dos analistas ouvidos pela FactSet. O resultado representa ainda um crescimento de 51,9%, na comparação com o lucro líquido de US$ 13,62 bilhões, ou US$ 1,05 por ação ajustado, de igual período de 2022.
A receita da dona do Google foi de US$ 86,31 bilhões, crescimento anual de 13%. Neste caso, a projeção do mercado era de US$ 85,2 bilhões. A receita operacional da Alphabet ficou em US$ 23,69 bilhões, de US$ 18,16 bilhões nos três meses encerrados em dezembro de 2022.
A Alphabet também registrou crescimento na receita com anúncios do Google, de US$ 59,04 bilhões a US$ 65,52 bilhões na mesma base comparativa. O valor, porém, ficou abaixo do que os analistas ouvidos pela FactSet esperavam, que era próximo de US$ 65,79 bilhões.
Após o balanço, a ação da companhia recuava 6,85% no after hours em Nova York, às 21h30 (de Brasília).
Google fez demissões nas áreas de engenharia, hardware e assistência digital no início do ano
A Alphabet (GOGL34), dona do Google, anunciou uma demissão de centenas de funcionários nesta quinta-feira (em 11 de janeiro).
As demissões no Google afetaram funcionários das áreas de hardware, engenharia e assistência digital. Funcionários que trabalham no Google Assistant baseado em voz e também na equipe de realidade aumentada foram desligados, além dos que estavam na operação central de engenharia.
O movimento era relativamente esperado dadas as comunicações dos executivos da big tech feitas em teleconferências recentes, citando que a companhia buscaria cortar recursos onde não havia tanta prioridade e realocá-los onde se tornou uma prioridade recentemente.
Além disso, há o fator da competitividade em alta, com a entrada de novos players em um setor que é extremamente consolidado.
Desde o ano anterior, com a ascensão da inteligência artificial, OpenAI e outras se tornaram mais relevantes no mercado de tecnologia.
“Durante a segunda metade de 2023, várias de nossas equipes fizeram alterações para se tornarem mais eficientes e trabalharem melhor, alinhando seus recursos às suas maiores prioridades de produto”, disse um porta-voz do Google em um comunicado oficial da companhia.
“Algumas equipes continuam a fazer esses tipos de mudanças organizacionais, que incluem algumas eliminações de funções globalmente”, seguiu.
Já em janeiro de 2023 a Alphabet havia anunciado que visava uma demissão de 12 mil funcionários – o que representa cerca de 6% da força de trabalho global da companhia.
Com Estadão Conteúdo