Alphabet fecha acordo com acionistas após acusações de assédio sexual
A dona do Google, Alphabet, fechou nesta sexta-feira (25) um acordo com os acionistas em função de acusações feitas à empresa por encobrir casos de assédio sexual por parte de seus executivos. A companhia se comprometeu a desembolsar US$ 310 milhões em programas corporativos de diversidade nos próximos dez anos.
O acordo que foi apresentado no Tribunal Superior da Califórnia prevê que os funcionários não sejam mais forçados a resolver disputas com a Alphabet em arbitragem privada, a mudança ocorreu por exigência de seus funcionários após alguns casos de assédio sexual na empresa se tornarem públicos, há dois anos.
A empresa foi atingida por uma onda de ações judiciais de acionistas depois que o The New York Times relatou em 2018 que o conselho de administração aprovou um pacote de saída de $ 90 milhões para o executivo, Andy Rubin, após uma investigação com alegação de assédio sexual.
Cinco ações judiciais na Califórnia foram consolidadas em um caso, sendo uma delas, apresentada por James Martin, acionista da Alphabet, que declarou que os membros do conselho da empresa permitiram a realização de condutas ilegais.
Ao passo que outros processos de acionistas aguardam ação no tribunal federal e em Delaware, sede da Alphabet. Os casos federais estão suspensos enquanto se aguarda o resultado dos processos na Califórnia.
O acordo firmado não direciona dinheiro para as pessoas que entraram com ações judiciais, entretanto destina fundos e políticas para prevenir a recorrência do comportamento.
A dona da Google também formará um conselho consultivo focado na diversidade, igualdade e inclusão composto por quatro executivos, incluindo Sundar Pichai, o presidente-executivo e três especialistas externos, incluindo Nancy Gertner, juíza federal aposentada. Ademais, o conselho da Alphabet receberá relatórios regulares sobre a compensação de qualquer executivo sênior que tenha se envolvido em má conduta.
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A empresa também concordou que os funcionários investigados por alegações de má conduta sexual, assédio sexual ou retaliação, quando saírem do Google não receberão indenização ou outra compensação.
Além disso, a Alphabet informou ainda que deve estender a política a suas outras 11 subsidiárias, como a empresa de automóveis autônomos Waymo. Algumas dessas empresas têm milhares de funcionários.