A Alphabet, dona do Google (GOGL34), registrou lucro líquido de US$ 16 bilhões, no segundo trimestre deste ano, com lucro ajustado por ação de US$ 1,21. O resultado da controladora do Google foi inferior aos US$ 18,525 bilhões, ou US$ 1,36 por ação, de igual período do ano passado, e ficou um pouco abaixo da previsão de US$ 1,27 dos analistas consultados pelo FactSet. A receita da empresa, porém, ficou em US$ 69,685 bilhões, alta de 13% na comparação anual.
O balanço da empresa no 2T22 registra ainda um crescimento na receita com a busca do Google e outras, de US$ 35,8 bilhões em igual intervalo do ano anterior a US$ 40,689 bilhões no mais recente. Também houve avanço na receita com o Google Cloud e com anúncios do Google, segundo a companhia.
Após a publicação do balanço, o papel da Alphabet subia 2,28% no after hours em Nova York.
Google (GOGL34) pretende separar unidade de negócios de publicidade
No início de julho o Google, da Alphabet (GOGL34), anunciou que pretende fazer alterações nos seus negócios de publicidade. A medida está associada a uma tentativa de evitar um possível processo antitruste nos Estados Unidos, segundo informações do Wall Street Journal (WSJ).
A proposta da companhia consiste em dividir parte de seu negócio de leilões e anúncios em sites e aplicativos em uma empresa separada. Esta unidade ainda permaneceria sob o guarda-chuva da Alphabet, informou o WSJ.
Essa nova empresa, por sua vez, poderia ser avaliada em dezenas de bilhões de dólares, dependendo de quais ativos estariam sob sua responsabilidade, de acordo com o WSJ.
“Estamos nos envolvendo de forma construtiva com os reguladores para resolver suas preocupações”, afirmou um porta-voz do Google a respeito da iniciativa.
Ele acrescentou ainda: “Não temos planos de vender ou sair desse negócio e estamos profundamente comprometidos em fornecer valor a uma ampla gama de parceiros de editores e anunciantes em um setor altamente competitivo”.
“A concorrência rigorosa na tecnologia de anúncios tornou os anúncios online mais relevantes, reduziu as taxas e ampliou as opções para editores e anunciantes”, complementou.
Práticas de publicidade digital do Google
Em relação às práticas de publicidade digital do Google, o Departamento de Justiça dos EUA vem conduzindo uma longa investigação em meio a alegações de que a big tech abusa de sua posição como corretora e leiloeira de anúncios digitais, permitindo que ela canalize negócios para seus sites às custas de rivais.
O Google contestou a acusação de que domina o mercado de tecnologia de anúncios, argumentando que o espaço está lotado de grandes empresas competindo por negócios.
Com Estadão Conteúdo