Alpargatas (ALPA4), controlada da Itaúsa (ITSA4), sofre queda na bolsa no dia que Dynamo vai às compras

A Alpargatas (ALPA4), empresa da holding Itaúsa (ITSA4), fechou em queda de 2,8% no intradia desta quinta-feira (23) em um movimento de realização de lucros. A companhia chegou a cair mais de 3% logo na abertura.

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A realização de lucros com as ações da Alpargatas ocorre após ganhos significativos neste mês, com 10,91% de alta em novembro. No entanto, ao longo do ano, a empresa apresenta uma queda de 39,32%.

A empresa anunciou hoje que as empresas Dynamo Administração de Recursos e Dynamo Internacional Gestão de Recursos aumentaram sua participação para 35.060.490 ações preferenciais da Alpargatas, equivalente a 10,20% do total dessa categoria de ações.

Além disso, essas mesmas empresas já possuem 3.450.223 ações preferenciais da Alpargatas em empréstimos doadores, bem como 716.000 ações ordinárias da companhia.

“As empresas informam que o objetivo da participação acionária detida é o investimento na Companhia, sem a intenção de alterar sua composição de controle ou estrutura administrativa, e não visa a atingir qualquer percentual específico de participação acionária”, diz o comunicado ao mercado da ALPA4.

“Esclarecem, ainda, que os veículos geridos não possuem outros valores mobiliários referenciados em tais ações e que não foram celebrados contratos regulando o exercício do direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários de emissão da Companhia”, completa a Alpargatas.

CVM rejeita proposta de acordo que envolve membro do Conselho da Alpargatas

O Colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) rejeitou em outubro a proposta de Termo de Compromisso apresentado pelo membro do Conselho de Administração da Alpargatas (ALPA4), Silvio Tini de Araújo, e pelos operadores de corretora Caio Galli Carneiro e Julio César da Silveira Rossi.

O inquérito da CVM apurava supostas infrações ao dever de sigilo e ao uso de informação relevante ainda não divulgada.

O inquérito foi instaurado na CVM para apurar “eventual utilização de informações privilegiada em negociações com ações de emissão da Alpargatas, no período anterior à publicação, em 20 de abril de 2017, de Fato Relevante informando ao mercado a intenção de migração da companhia para o segmento especial de listagem do Novo Mercado da BM&F, BOVESPA S.A. – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros”.

Segundo a autarquia, após negociações, o Comitê de Termo de Compromisso (CTC) entendeu não ser oportuna e conveniente a aceitação das propostas, já que não foi possível alcançar uma contrapartida adequada e suficiente em relação a todos os proponentes para o encerramento do processo.

O Colegiado acompanhou o parecer do CTC e rejeitou a celebração de Termo de Compromisso, informou a CVM.

A proposta apresentada à CVM pelos acusado do conselho da Alpargatas consistia no pagamento de R$ 42.597,00 por Tini; R$ 14.337,00 por Galli; e R$ 28.260,00 por parte de Rossi.

Com Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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