As ações da Alibaba, grupo chinês dono do site Aliexpress, apresentam forte alta nas bolsas de valores pelo mundo afora. O movimento ocorre após o anúncio de um plano de reestruturação da companhia, no qual seus negócios serão divididos em seis unidades principais.
Por volta das 14h08 no horário de Brasília, os papéis registravam alta de 13,79%, ao preço de US$ 97,87 na Nasdaq, a Bolsa de Nova York. Na Bolsa brasileira, as BDRs do Alibaba (BABA34) também se destacavam e operam em alta de 12,49%, ao preço de R$ 17,92.
Segundo informações divulgadas pela Reuters, o plano do Alibaba é separar as operações nas seguintes unidades:
- Cloud Intelligence Group;
- Taobao Tmall Commerce;
- Local Services Group;
- Cainiao Smart Logistics Group;
- Global Digital Commerce Group, e
- Digital Media and Entertainment Group.
Cada companhia terá seu próprio CEO e conselho de administração. Além disso, com exceção do Taobao, os demais negócios podem ser levados à Bolsa.
“A intenção original e o propósito fundamental desta reforma pretendem tornar nossa organização mais ágil, encurtar decisões fazendo links e respondendo mais rápido”, comentou Daniel Zhang, presidente-executivo do Alibaba Group, em uma carta aos funcionários ao qual a Reuters teve acesso.
E o Aliexpress?
Com a reestruturação, o Alibaba funcionará como uma holding. Zhang, além de liderar o grupo, também atuará como CEO da Cloud Intelligence Group.
A reestruturação do Alibaba foi anunciada um dia após Jack Ma, fundador do grupo, ser flagrado em uma escola primária na China, sua primeira aparição pública no País em mais de um ano – ele havia deixado à China no final de 2021, quando as autoridades locais iniciaram uma campanha de fiscalização contra as big techs chinesas.
“Parece uma coincidência que isso esteja acontecendo assim que Ma parece confortável em retornar. Para mim isso sugere algo que a Alibaba estava querendo fazer havia algum tempo, mas estava esperando a oportunidade para fazê-lo”, disse Stuart Cole, economista-chefe da corretora Equiti Capital, para a agência de notícias ao comentar o caso que envolve a empresa-mãe do Aliexpress.