O Alibaba Group Holding, gigante chinês do e-commerce, registrou lucro líquido de US$ 6,7 bilhões (cerca de R$ 37,7 bilhões) no primeiro trimestre fiscal. Em comparação com o mesmo período em 2019, esse valor representa aumento de 122%.
O lucro por ação, cotada nos Estados Unidos, ficou em US$ 2,14 (equivalente a 14,82 iuanes), os especialistas da Refinitiv estimavam um lucro de US$ 1,99 por papel. De acordo com o Alibaba, a alta é resultada do aumento no volume de vendas.
“Estávamos bem posicionados para capturar o crescimento da transformação digital em andamento, que foi acelerada pela pandemia, tanto em operações de consumo quanto em empresas”, afirmou o presidente do grupo chinês Daniel Zhang.
As vendas saltaram 34%, para US$ 22,2 bilhões no trimestre. Os especialistas previam US$ 21,3 bilhões. As receitas de computação em nuvem subiram 59%, para US$ 1,7 bilhão e as vendas comerciais aumentaram para US$ 19,2 bilhões.
No trimestre encerrado em junho, o Alibaba tinha 742 milhões de clientes ativos, alta de 16 milhões em comparação com o mesmo período no ano passado.
O mercado internacional estima que o grupo tem potencial de ser alvo do presidente dos EUA, Donald Trump, com medidas de sanções, como tem acontecido com Huawei, TikTok, We Chat e outras grandes empresas chinesas.
“Hoje, enfrentamos incertezas não apenas da pandemia global, mas também do aumento das tensões entre os EUA e China”, disse Zhang.
Alibaba visa tecnologia em nuvem e investirá US$ 28 bilhões
O Alibaba planeja investir, nos próximos três anos, cerca de 200 bilhões de yuans, o equivalente a US$ 28 bilhões (R$ 148,27 bilhões), em sua tecnologia de nuvem. A tecnologia também conhecida como cloud se tornou uma das atividades de maior crescimento da companhia, além do e-commerce.
Segundo reportou a agência de notícias “Reuters”, tal decisão remete à importância que a chinesa dá a sua expensão internacional por meio desta área. Esse investimento ao longo dos três anos é equivalente a quase metade da receita levantada pela empresa em todo o ano passado.
A companhia estuda montar mais centrais de dados para incrementar sua rede que já cobre 21 regiões em todo o planeta. Além disso, de acordo com o comunicado da gigante varejista, o objetivo da empresa é apoiar o desenvolvimento de tecnologias em áreas como chips que conversem com a inteligência artificial.
Essa tecnologia, em suma, fornece softwares e serviços a clientes à distância por meio de centrais de servidores de grande magnitude.
No trimestre encerrado em dezembro do ano passado, a receita gerada por essa área do Alibaba cresceu 62%, para 10,7 bilhões de yuans (US$ 1,5 bilhão). Neste período, inclusive, a companhia perdeu parte de sua liderança global no segmento para a Amazon e a Microsoft.