A Alibaba (BABA34), gigante chinesa de tecnologia e dona da AliExpress, anunciou neste domingo (23) que decidiu não integrar o processo de recompra de ações da afiliada Ant Group.
Contudo, a Alibaba manterá sua participação acionária, totalizando posse de 33% dos ativos na Ant Group, informou em comunicado à Bolsa de Hong Kong.
O anúncio ocorreu logo após o Ant Group finalizar uma assembleia de acionistas, na qual os investidores aprovaram, entre outras coisas, uma “proposta de recompra de ações de todos os seus acionistas até 7,6% de sua participação acionária”, segundo a Alibaba.
Em comunicado, a empresa aconselhou que investidores “exerçam cautela” ao gerenciar seus ativos no grupo chinês.
Histórico
No fim do mês passado, a gigante do e-commerce chinês anunciou uma mudança no corpo executivo da empresa, com remanejamento de posições entre líderes. A alteração ocorre em um momento de desaceleração da recuperação da economia na China, após a expectativa acentuada de crescimento com o fim das restrições da covid-19 no fim do ano passado.
Segundo comunicado, o líder do comércio eletrônico doméstico Taobao and Tmall, Eddie Wu, irá suceder Daniel Zhang na posição de CEO do Alibaba.
Internamente, o atual vice-presidente do conselho de administração, Joseph Tsai, é promovido para o lugar de Zhang, na presidência do conselho. Tsai é um cidadão canadense nascido em Taiwan que ajudou a fundar o Alibaba, no fim década de 1990. Atualmente, o conselheiro é dono do time de basquete da NBA, os Brooklyn Nets.
Zhang assumirá o cargo de CEO e presidente da unidade de computação em nuvem do comércio eletrônico, o Alibaba Cloud Intelligence Group. A unidade será dividida da e-commerce e ambiciona entrar na bolsa de valores da China dentro de um ano. Ele é CEO do Alibaba desde 2015 e sucedeu o cofundador da empresa Jack Ma como presidente em 2019.
“Esse é o momento certo para fazer uma transição, dada a importância do Alibaba Cloud Intelligence Group à medida que (a unidade) avança para uma cisão completa”, disse Zhang, no comunicado.
As mudanças entram em vigor a partir de 10 de setembro deste ano.
Fundada pelo empresário Jack Ma, a empresa pioneira em e-commerce na China foi por muito tempo uma história de sucesso em seu país. Mas, nos últimos anos, o grupo enfrentou dificuldades sem precedentes devido ao crescente controle de Pequim sobre o setor de tecnologia.
Após vários meses de turbulência, a Alibaba anunciou em março que se dividiria em seis grupos empresariais em uma das maiores reformas de uma companhia de tecnologia chinesa até o momento.
Com informações de Estadão Conteúdo
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