No quarto trimestre do ano passado (4T22), o resultado do Aliansce Sonae (ALSO3) registrou “muitos ajustes não recorrentes devido à fusão das empresas Aliansce e brMalls“, afirma o analista da Inter Invest, Rafael Quick, em relatório. Apesar disso, o Inter alega poder “ver alguns sinais positivos”.
Segundo o analista do Inter Invest, exemplos de sinais positivos com relação ao resultado do Aliansce Sonae são:
- receita liquida acima das expectativas,
- robusta entrega operacional e
- sinergias elevadas para cima, especialmente com a antecipação de dívidas mais onerosas relacionadas à brMalls.
“Até incorporarmos os resultados do trimestre, bem como demais premissas pós-fusão, mantemos a companhia sob revisão”, complementa o Inter Invest.
Indicadores operacionais do Aliansce Sonae
Segundo o analista, no último trimestre do ano passado, a Aliansce Sonae e brMalls registraram “uma evolução de vendas em mesmas lojas média (SSS), de 9%”, atingindo um volume total de vendas superior às expectativas de R$ 11.685 mm.
Já no repasse de aluguéis — via indicador alugueis em mesmas lojas (SSR) —, o analista comenta que as empresas tiveram “uma robusta evolução média de 27%”, com destaque positivo para a evolução de 37,1% da Aliansce Sonae, “junto com um custo de ocupação saudável e inadimplência negativa”.
Performance financeira da companhia
Segundo destacado pelo Inter Invest, “com o operacional forte, a companhia consolidada entregou uma receita líquida de R$ 851 mm”, ficando 14% acima das expectativas da instituição.
Nas despesas operacionais, a administradora teve “um resultado em linha com o esperado”. No entanto, o analista cita que as despesas G&A tiveram “maior pressão, com destaque para os dispêndios não recorrentes de R$ 135 mm relacionados com a fusão”. Diante disso, o Ebitda ajustado foi de R$ 396 mm.
Além disso, o Inter ressalta que a Aliansce Sonae apresentou “maior deterioração no resultado financeiro, o que totalizou um resultado líquido de R$ 196 mm”.