Nikkei: Aliança da Nissan se junta a Google para produzir táxis autônomos
A aliança Nissan-Renault-Mitsubishi vai se juntar ao Google para desenvolver táxis autônomos. De acordo com o Nikkei, nesta terça-feira (5), além disso serão desenvolvidos outros serviços que utilizam veículos de condução automática.
Conforme o Nikkei, a empresa de veículos autônomos do Google, Waymo, vai trabalhar com a aliança Nissan-Renault-Mitsubishi e deve anunciar um plano de acordo nos próximos meses.
De acordo com o jornal, os parceiros estão considerando realizar o desenvolvimento de táxis não tripulados em conjunto. Além disso, os veículos seria da Nissan e teriam um sistema para gerenciar reservas e também os pagamentos.
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O porta-voz da aliança das montadoras, Nick Twork, afirmou que “essa história (do Nikkei) é baseada em rumores e especulações. Não temos nada para anunciar”. No entanto, a Waymo, se recusou a comentar sobre o assunto.
Carlos Ghosn
O acordo entre a aliança e a Google acontece logo após Carlos Ghosn renunciar ao cargo de presidente da Renault, no última dia 30 de janeiro.
Carlos Ghosn está preso em Tóquio desde 19 de novembro de 2018.
No entanto, Ghosn deve ficar preso por um período adicional, isso, porque no Japão se um pedido de liberdade sob fiança é negado, o réu deverá permanecer encarcerado por no mínimo dois meses após a decisão. Dessa forma, o prazo vai até 10 de março para o executivo.
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As acusações contra Ghosn são:
Sonegação de renda: a Promotoria japonesa diz que o executivo declarou apenas metade do que recebeu entre os anos de 2010 e 2015. O brasileiro teria ocultado US$ 44 milhões (R$ 172 milhões).
Ghosn foi formalmente denunciado por sonegar informações acerca da sua renda real também entre 2015 e 2018.
Transferência de prejuízos pessoais para a Nissan: a Promotoria alega abuso de confiança por parte do executivo, que transferiu temporariamente perdas de investimento pessoal para a Nissan em 2008.
Ghosn, por sua vez, afirma que agiu com “a aprovação dos diretores da Nissan”. O brasileiro disse que pediu à empresa para assumir, temporariamente, a garantia de seus contratos de câmbio durante a crise financeira global de 2008.
Uso pessoal de imóveis comprados pela Nissan: uma investigação interna da multinacional revelou que uma subsidiária montada na Holanda foi utilizada para comprar ou alugar imóveis corporativos.
Carlos Ghosn se hospedava em tais imóveis quando viajava. Dos quatro imóveis identificados em quatro países diferentes, um fica no Rio de Janeiro.
O ex-presidente da aliança Nissan-Renault-Mitsubishi alegou inocência e disse que foi injustamente acusado e detido.