O fundador e diretor-presidente (CEO) da suposta pirâmide financeira Atlas Quantum, Rodrigo Marques dos Santos, foi encontrado nesta segunda-feira (12) em um condomínio de luxo em São Paulo.
O criador da Atlas Quantum estaria em um apartamento na Vila Gertrudes, zona sul de São Paulo.
Em frente ao local está sendo realizada uma manifestação que reúne centenas de pessoas com cartazes e rojões.
Um boneco gigante com o rosto do responsável pela suposta pirâmide financeira foi inflado em frente ao prédio.
Não é a primeira vez que manifestantes se reúnem para protestar contra Rodrigo Marques dos Santos.
Desde o final de 2019 que manifestações em várias cidades do Brasil contra a suposta pirâmide financeira reúnem centenas de pessoas.
No final de 2020 algumas das vítimas da Atlas Quantum tinham pedido a prisão de Rodrigo Marques dos Santos.
O fundador da suposta pirâmide financeira estava desaparecido e não tinha respondido a nenhuma solicitação da CVM ou dos advogados dos clientes lesados.
Relembre o caso da Atlas Quantum
A Atlas Quantum foi um dos casos mais emblemáticos de supostas pirâmides financeiras no Brasil.
A empresa deixou um rombo de cerca de R$ 4 bilhões em Bitcoin, cerca de 15 mil unidades da criptomoeda, para mais de 200 mil investidores do mundo inteiro.
Fundada em 2016 por Rodrigo Marques dos Santos, tinha como objetivo ser uma plataforma referência de negociações em criptomoedas.
Investindo pesado em marketing, ela divulgava ter desenvolvido um robô que atuava na arbitragem de Bitcoin, com a promessa de enormes lucros para os usuários.
Em 2019 a empresa chegou a realizar propaganda na Rede Globo, utilizando uma criança para incentivar investimentos em sua plataforma.
Entretanto, a partir do final do mesmo ano, os clientes da Atlas Quantum não conseguiram mais sacar seus saldos, pois a plataforma foi bloqueada.
A suposta pirâmide financeira está sendo investigada pela Polícia Federal e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por fraudes.
A própria CVM tinha proibido a Atlas Quantum de ofertar investimentos em agosto de 2019, após individuar irregularidades e acusar a empresa de infringir a lei 6.385/76.
A CVM classificou como Contrato de Investimento Coletivo o produto oferecido pela empresa.
Segundo o órgão de regulamentação do mercado de capitais brasileiro, é necessária uma autorização para poder comercializá-lo.
A partir do final de 2019 a Atlas Quantum começou a desmoronar, acumulando uma série de condenações na Justiça.