A Alemanha registrou recuo de 17,9% na produção industrial em abril ante março. Trata-se da maior queda registrada numa série histórica iniciada em janeiro de 1991.
Os analistas, consultado pelo “The Wall Street Journal”, estimavam declínio de 16,8%. De acordo com a Alemanha, o “retrocesso mais forte” é em razão dos impactos da pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Em comparação com abril do ano passado, a produção industrial alemã recuou 25,3%. A medida de isolamento social fez com que paralisasse a produção de diversos setores, o que reduziu as negociações e freou o consumo. No setor manufatureiro o recuo foi de 22,1%, e a construção diminuiu 4,1%.
Os números da produção industrial de março foram revisados, apontando queda de 8,9% ante fevereiro e redução de 11,3% em comparação de base anual.
BCE rebate críticas da Alemanha à política monetária da entidade
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou em meados de junho que não se intimidará com as críticas do Tribunal Constitucional da Alemanha à política monetária da entidade.
Em mesa redonda organizada pela Bloomberg, Lagarde salientou que o BCE continuará fazendo “tudo o necessário para cumprir nosso mandato” pela estabilidade dos mercados da zona do euro.
A presidente da autoridade monetária europeia enfatizou que objetiva manter a política de compra maciça de dívida soberana dos países e empresas da zona do euro. As operações do BCE têm como objetivo prestar auxílio a economia do bloco em meio a crise causada pelo novo coronavírus (covid-19).
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Nesse sentido, Lagarde respondeu às críticas do tribunal da Alemanha e pontuou que o BCE não está subordinado a nenhuma jurisdição nacional. Segundo a economista, a entidade é uma “instituição europeia, que responde ao Parlamento Europeu e está sob a jurisdição do Tribunal de Justiça da UE”.
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