Governo da Alemanha pode reduzir previsão para o PIB em 2020

O governo de Alemanha reduziu novamente a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. A informação divulgada, nesta terça-feira (5), pelo jornal “Frankfurter Allgemeine Zeitung” que obteve acesso a um documento da equipe econômica do governo.

De acordo o veículo, a nova estimativa de crescimento para o PIB da Alemanha é de 0,9% em 2020. A redução deverá ser anunciada pela primeira-ministra alemã, Angela Merkel, na próxima quarta-feira (6).

A expectativa de crescimento da atividade econômica deste ano também foi reduzida. A projeção atual é de alta de 0,5% em comparação a 0,8% da estimativa antiga.

Segundo o documento no qual o jornal teve acesso, este desempenho econômico, caso realmente ocorra, fará com que o país evite uma ampla e profunda recessão.

PIB da Alemanha neste ano

No segundo trimestre deste ano, a economia alemã registrou queda de 0,1%. Em contrapartida, entre janeiro e março o PIB avançou 0,4%.

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O Ministério da Economia da Alemanha salientou que as disputas comerciais internacionais influenciam diretamente na baixa obtida entre abril e junho. Sendo elas, a guerra comercial entre Estados Unidos e China e as incertezas envolvendo o Brexit.

Além disso, as mudanças tecnológicas tem afetado o desempenho da indústria automobilística da Alemanha, a principal base do crescimento do país europeu. A expectativa dos analistas para o terceiro trimestre é de uma nova contração no PIB.

Recessão econômica é improvável

O Ministério da Economia da Alemanha afirmou, no último mês, que é improvável que a economia do país entre em uma recessão prolongada, apesar do crescimento fraco.

Saiba mais: Ministério da Economia da Alemanha diz que recessão é improvável

A recessão técnica, que é esperada na próxima divulgação de resultados macroeconômicos, ocorrerá após nove anos consecutivos de crescimento, devido ao aumento exponencial das exportações, sobretudo em direção à China.

Além disso, o consumo impulsionado pelas baixas taxas de juros na zona do euro também colaboraram para o sucesso Alemanha, que é a maior economia do Velho Continente.

Giovanna Oliveira

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