A assembleia de credores da Avianca Brasil foi suspensa por duas horas, e tinha retorno previsto para 18h35 até a publicação. O pedido de paralisação foi feito por representantes dos trabalhadores e de empresas que prestam serviços à companhia aérea.
O grupo discorda do pagamento das dívidas da empresa, de acordo com o jornal “O Globo”. No plano de recuperação judicial da Avianca é proposto que:
- os credores trabalhistas e a fornecedores recebam até R$ 10 mil;
- o maior credor da Avianca, o fundo de hedge Elliott Management, receba 70% da dívida (o total é de R$ 2 bilhões);
- então, os demais credores trabalhistas e fornecedores receberão o restante da dívida.
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A proposta desagradou aos presentes, e a assembleia de credores obteve suspensão. No encontro, as principais pautas são:
- definição de um comitê e os nomes dos representantes de cada classe;
- aprovação, rejeição ou modificação do plano de recuperação judicial.
De acordo com a legislação de recuperação judicial (Lei Nº 11.101/2005), para uma assembleia de credores obter quórum é necessária a presença de mais de 50% de credores, nas quatro categorias:
- Trabalhadores
- Possuidores de garantias reais (como fundos)
- Quirograficos
- Pequenas e médias empresas
Saiba mais – Avianca: assembleia de credores tem debate entre Azul e Elliott
Empréstimos
Confira abaixo de quem a Avianca Brasil já recebeu empréstimos:
- Azul: R$ 51,03 milhões
- Gol e Latam: US$ 15 milhões (R$ 58 milhões)
- Elliott: R$ 2 bilhões
As companhias aéreas Gol e Latam pretendem emprestar mais US$ 16 milhões. A dívida total da Avianca Brasil é estimada em R$ 2,8 bilhões.
Novo plano de recuperação judicial
O plano de recuperação judicial, criticado pela Azul, foi idealizado pelo maior credor da Avianca Brasil, o Elliott. O fundo de hedge tem preferência para receber.
O plano foi apresentado em 3 de abril, e prevê criação e venda de sete Unidades Isoladas Produtivas (UPIs).
A Gol e a Latam concordaram em dar lances mínimos de US$ 70 milhões, cada uma, por pelo menos uma das UPIs da Avianca Brasil.
A Azul havia feito proposta anterior referente à compra de uma única UPI. Tal unidade reuniria os mesmos ativos que foram divididos em sete, no acordo da Avianca com a Latam e a Gol. A Azul ofereceu US$ 105 milhões pela UPI.