O vice-presidente Geraldo Alckmin disse nesta quinta-feira (13) que o Brasil precisa reconquistar os mercados de países vizinhos. “A América Latina é onde conseguimos vender produtos com maior valor agregado”, declarou.
De acordo com Alckmin, o País ficou caro antes de ficar rico, tanto para quem vive no Brasil quanto para quem exporta. Ele disse que é necessária uma agenda de competitividade econômica, mas que não há “bala de prata”. Ele defendeu agir nas causas dos problemas econômicos.
O vice-presidente disse que a carga tributária no País é elevada, mas argumentou que o que é possível fazer no momento é simplificar o sistema. Disse que para isso serve a reforma em discussão no Congresso e repetiu que é importante desonerar investimentos e exportações para incentivar a atividade.
Segundo Alckmin, tanto Câmara quanto Senado estão dando demonstrações de que entenderam que as reformas são importantes para o País. O vice-presidente também mencionou a nova regra fiscal, que deve concluir sua tramitação no Legislativo em agosto. Segundo ele, é um projeto importante para permitir a baixa dos juros.
Alckmin sobre déficit e reforma política
Alckmin reforçou ainda a meta do governo em acabar com o déficit primário no próximo ano e, depois, ter superávits seguidos. O foco, segundo ele, é crescer para a relação dívida/PIB baixar. Assim seria possível um avanço sustentável na economia, sem “voo de galinha”.
Ele também disse que a reforma política feita em nos últimos anos, com instauração da cláusula de barreira, é importante para melhorar a governabilidade porque vai diminuir o número de partidos. Sem a redução da quantidade de legendas, os presidentes da República “passam apertado”, de acordo com o vice-presidente, que considerou que partidos programáticos ajudam a governar.
Alckmin participa do evento Siscomércio, realizado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC).
Com Estadão Conteúdo