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Alberto Fernández pede desculpas a Bolsonaro e tenta acalmar mercados

Argentina: Fitch rebaixa rating para 'default restrito'

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O candidato à presidência, na Argentina, Alberto Fernández, fez um discurso ponderado, na última quinta-feira (22), em uma investida para diminuir a euforia do mercado financeiro, que se encontra agitado devido as declarações e tensões internacionais das últimas semanas.

Fernández pediu desculpas para o presidente Jair Bolsonaro, que é contra a eleição da chapa de Cristina Kirchner na Argentina. “Foi um erro ser agressivo com Bolsonaro, me deixei levar, e por isso parei… o Brasil é muito mais importante para a Argentina que qualquer irritação minha com um presidente”, afirmou o candidato.

Na última semana, Fernández trocou farpas com o presidente brasileiro. Bolsonaro havia criticado a chapa que tem Cristina Kirchner com vice, após as eleições primárias da Argentina.

“Se essa ‘esquerdalha‘ voltar aqui na Argentina, nós poderemos ter, sim, no Rio Grande do Sul, um novo estado de Roraima. E não queremos isso: irmão argentinos fugindo pra cá, tendo em vista o que de ruim parece que deve se concretizar por lá caso essas eleições realizadas ontem [11 de agosto] se confirmem agora no mês de outubro”, disse o presidente da República no dia 12 de agosto.

Após isso, Alberto Fernández rebateu as criticas de Bolsonaro e ofendeu o presidente brasileiro. “Em termos políticos, eu não tenho nada a ver com Jair Bolsonaro. Comemoro enormemente que ele fale mal de mim. É racista misógino e violento”, disse o argentino.

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Mercado

O candidato da chapa de Kirchner se pronunciou também em uma tentativa de diminuir a tensão nos investidores. “Não tem possibilidade de a Argentina cair em default se eu for presidente”, afirmou o candidato.

Sobre a inflação,  Alberto Fernández disse que não tomará medidas descabíveis.”Sou contra controles cambiais porque é como pôr uma pedra numa porta giratória. Nada sai, mas nada entra”, analisou.

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