O gestor Henrique Bredda, do Alaska Black, disse que o fundo deve “manter ou talvez comprar mais” ações da Vale (VALE3). A declaração foi dada nesta segunda (28) numa entrevista ao InfoMoney.
“Provavelmente manteremos. Passando o calor desses primeiros dias, reavaliaremos. É provável que a gente aumente a posição, mas não é certeza”, declarou Bredda, sobre as ações da Vale. O Alaska Black é um dos fundos de ações mais rentáveis dos últimos anos, conhecido por sua gestão ousada.
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As ações da mineradora caíam em torno de 23% pouco depois das 13h30 desta segunda. Foi o primeiro pregão após o rompimento da barragem em Brumadinho (MG). Na sexta (25), a B3 esteve fechada em razão do aniversário da cidade de São Paulo.
Segundo Bredda, o Alaska Black vai esperar uma avaliação mais detalhada a respeito dos impactos da tragédia para tomar a decisão de aumentar a exposição dos papeis da Vale.
“Depende de quanto a ação vai cair, e também precisamos entender um pouco mais o tamanho dos danos dessa tragédia. Por isso, precisaremos de um tempo tanto para estudar um pouco mais esse assunto, e também para ver onde o preço da ação vai se estabilizar”, afirmou.
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A repercussão de Brumadinho
O desastre causado pela Vale levou diversas casas de análise a revisar a recomendação para os papéis da mineradora. Jefferies, Macquarie, HSBC e BMO reduziram a recomendação de compra para o equivalente à manutenção. O Bank of America Merrill Lynch colocou as ações sob revisão.
Já a Standard & Poor’s colocou a Vale em CreditWatch com implicações negativas. A agência de classificação de risco afirmou que a companhia poderia ser multada pelo governo e possivelmente perder a licença para operar na região afetada pelo rompimento da barragem em Brumadinho.