Em carta mensal aos seus cotistas, os gestores da Alaska Asset Management chamaram atenção para o fato de que no mercado local os ativos de risco não acompanharam os pares globais.
A gestão do Alaska aponta que em março os ativos de risco globais tiveram comportamentos majoritariamente positivos, com destaque para as bolsas, especialmente as americanas, que atingiram novas máximas históricas.
“O evento mais importante do mês foi a reunião do FOMC (o Comitê Federal de Mercado Aberto do Federal Reserve). Não houve alteração na taxa de juros, conforme esperado. No entanto, o comunicado da reunião e as falas de Jerome Powell foram interpretados pelo mercado como dovish, o que contribuiu para sustentar os preços dos ativos”, diz a casa.
A gestora ainda acrescenta que índices de inflação de serviços pressionados, juntamente com dados robustos do mercado de trabalho e dados fiscais ruins, levaram o Banco Central a retirar o Forward Guidance em seu último comunicado.
“Isso levou o mercado a precificar uma taxa terminal de ciclo mais elevada para a Selic, o que pesou na valorização dos ativos locais”, diz a casa.
Desempenho dos fundos da Alaska
A gestora detalha que no caso do Alaska Institucional e Previdenciários as carteiras de ações apresentaram desempenhos negativos e inferiores ao Ibovespa no mês.
“A contribuição mais significativa veio do setor petroquímico, enquanto do lado negativo o destaque veio do setor de varejo. Empresas do setor de commodities seguem como as maiores posições da carteira de ações“.
Já no caso dos fundos Alaska Black BDR, além da carteira de ações que apresentaram desempenho negativo no mês, os fundos carregam posição comprada na bolsa local via opções, que contribuíram de forma negativa.
“No mercado de juros, houve perdas na posição direcional vendida em taxa e ganhos zerados na estratégia de arbitragem. Em câmbio, o fundo segue com posição vendida em dólar contra o real, que contribuiu de forma negativa”, completa a Alaska.