Airbus: rescisões voluntárias podem não ser o bastante para reagir à crise
A companhia aeroespacial e bélica europeia, Airbus anunciou na última sexta-feira (11), através de comunicado enviado aos seus funcionários, que os cancelamentos voluntários de contratos de trabalho podem não ser o bastante para reagir aos efeitos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no setor.
Segundo a Airbus, a produção de aeronaves já apresenta um recuo de 40% ante o período anterior a pandemia de coronavírus.
Comentando sobre crises prévias, o CEO da fabricante de aviões, Guillaume Faury, ainda apontou na declaração a precisão de “se preparar para uma crise provavelmente mais profunda e duradoura”.
No documento, o CEO também destacou que “a Airbus trabalhará com seus parceiros para limitar o impacto deste plano, contando com todas as medidas sociais disponíveis”.
Airbus corta 15.000 postos de trabalho devido aos efeitos do coronavírus
Cabe lembrar que no final de junho a fabricante de aeronaves europeia anunciou 0 corte de 15.000 postos de trabalho, representando a maior redução de empregos na empresa desde sua criação há 20 anos.
Os cortes, motivados pelo colapso do setor de viagens aéreas como resultado da pandemia de covid-19, ocorreram em meio ao alerta do CEO Guillaume Faury de que não esperava que o tráfego aéreo se recuperasse para os níveis de 2019 antes de 2023 e, potencialmente, até 2025.
Além disso, os cortes anunciados representaram cerca de 15% da força de trabalho comercial aeroespacial, formado por 90.000 membros do grupo. A medida foi tomada cuidadosamente para evitar qualquer conflito entre os sindicatos trabalhistas na França e na Alemanha.
“A Airbus está enfrentando a crise mais grave que esse setor já passou”, alegou o CEO Faury. “As medidas que tomamos até agora nos permitiram absorver o choque inicial dessa pandemia global. Agora, precisamos garantir que possamos sustentar nossa empresa e emergir da crise como um líder aeroespacial global saudável”.