Airbus registra queda de 34% nas vendas em 2020
A fabricante de aviões Airbus anunciou nesta sexta-feira (8) que as vendas de aeronaves registraram uma queda de 34% no ano passado, com 566 aviões comerciais entregues a 87 clientes.
O presidente da Airbus, Guillaume Faury, informou em comunicado que: “Tendo como base as nossas entregas em 2020, estamos cautelosamente otimistas em relação a 2021, mas os desafios e incertezas continuam elevados no curto prazo”.
Segundo a companhia, a Airbus recebeu 383 novos pedidos em 2020, enquanto os pedidos firmes foram de 268, ante 768 recebidos em 2019. Além disso, a carteira de pedidos da empresa é de 7.184 aviões, após 115 cancelamentos ao longo do ano.
Airbus fecha acordo com funcionários para corte de 4,2 mil empregos
Os sindicatos franceses assinaram em outubro um acordo trabalhista com a Airbus que permite a redução de empregos devido a queda na demanda de produção de aeronaves causada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19).
O acordo entre os principais sindicatos, que representam os trabalhadores franceses, e a fabricante de aviões permite o corte de 4,2 mil empregos na França, incluindo 3.400 em Toulose, onde a Airbus está sediada.
Além disso, os representantes assinaram um acordo que implementa esquema de licenças. Essa medida, apoiada pelo governo, será direcionada para até 30% dos funcionários que estão envolvidos na produção de aeronaves.
Segundo a fabricante, se for mantido o apoio do governo para as licenças cerca de 1,5 mil empregos seriam poupados e, se permanecer o financiamento da França em um novo projeto de aviões livre de carbono, outros 500 seriam salvos.
“Durante a reestruturação, alcançamos nossa meta de ter zero dispensas compulsórias, que era nossa linha vermelha”, disse um dos negociadores dos sindicatos, Jean-François Knepper, à agência de notícias “Reuters”.
Apesar dos acordos prever salvar alguns empregos, a Airbus permanece com o objetivo de cortar 15 mil vagas entre seus mais de 130 mil funcionários. De acordo com a fabricante, o mercado de aviação ainda não conseguiu se recuperar da crise causada pela pandemia. Os acordos entram em vigor em 1° de janeiro. Os empregados têm até 31 de dezembro para se inscreverem para a demissão voluntária, mais isso pode ser estendido até 31 de março.