Airbus fecha acordo com funcionários para corte de 4,2 mil empregos
Os sindicatos franceses assinaram, na última segunda-feira (12), um acordo trabalhista com a Airbus que permite a redução de empregos devido a queda na demanda de produção de aeronaves causada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19).
O acordo entre os principais sindicatos, que representam os trabalhadores franceses, e a fabricante de aviões permite o corte de 4,2 mil empregos na França, incluindo 3.400 em Toulose, onde a Airbus está sediada.
Além disso, os representantes assinaram um acordo que implementa esquema de licenças. Essa medida, apoiada pelo governo, será direcionada para até 30% dos funcionários que estão envolvidos na produção de aeronaves.
Segundo a fabricante, se for mantido o apoio do governo para as licenças cerca de 1,5 mil empregos seriam poupados e, se permanecer o financiamento da França em um novo projeto de aviões livre de carbono, outros 500 seriam salvos.
“Durante a reestruturação, alcançamos nossa meta de ter zero dispensas compulsórias, que era nossa linha vermelha”, disse um dos negociadores dos sindicatos, Jean-François Knepper, à agência de notícias “Reuters”.
Apesar dos acordos prever salvar alguns empregos, a Airbus permanece com o objetivo de cortar 15 mil vagas entre seus mais de 130 mil funcionários. De acordo com a fabricante, o mercado de aviação ainda não conseguiu se recuperar da crise causada pela pandemia.
Os acordos entram em vigor em 1° de janeiro. Os empregados têm até 31 de dezembro para se inscreverem para a demissão voluntária, mais isso pode ser estendido até 31 de março.
Airbus: rescisões voluntárias podem não ser o bastante para reagir à crise
A companhia aeroespacial e bélica europeia, Airbus anunciou na última sexta-feira (11), através de comunicado enviado aos seus funcionários, que os cancelamentos voluntários de contratos de trabalho podem não ser o bastante para reagir aos efeitos da pandemia do novo coronavírus no setor. Segundo a fabricante, a produção de aeronaves já apresenta um recuo de 40% ante o período anterior a pandemia.
Comentando sobre crises prévias, o CEO da fabricante de aviões, Guillaume Faury, ainda apontou na declaração a precisão de “se preparar para uma crise provavelmente mais profunda e duradoura”. No documento, o CEO também destacou que “a Airbus trabalhará com seus parceiros para limitar o impacto deste plano, contando com todas as medidas sociais disponíveis”.