Airbus corta 15.000 postos de trabalho devido aos efeitos do coronavírus
A fabricante de aeronaves europeia Airbus anunciou nesta terça-feira (30) 0 corte de 15.000 postos de trabalho, representando a maior redução de empregos na empresa desde sua criação há 20 anos.
Os cortes, motivados pelo colapso do setor de viagens aéreas como resultado da pandemia do coronavírus (covi-19), ocorreram em meio ao alerta do CEO Guillaume Faury de que não esperava que o tráfego aéreo se recuperasse para os níveis de 2019 antes de 2023 e, potencialmente, até 2025.
Os cortes anunciados representam cerca de 15% da força de trabalho comercial aeroespacial, formado por 90.000 membros do grupo. A medida foi tomada cuidadosamente para evitar qualquer conflito entre os sindicatos trabalhistas na França e na Alemanha.
A redução da força de trabalho da Airbus, que deve ser concluída em 2021, será distribuída da seguinte forma:
- 1.700 cortes no Reino Unido;
- 900 cortes na Espanha;
- e 5000 cortes em cada um dos países restantes;
“A Airbus está enfrentando a crise mais grave que esse setor já passou”, alegou o CEO da Airbus, Guillaume Faury. “As medidas que tomamos até agora nos permitiram absorver o choque inicial dessa pandemia global. Agora, precisamos garantir que possamos sustentar nossa empresa e emergir da crise como um líder aeroespacial global saudável. ”
Airbus projeta queda de 40% na produção
A Airbus projeta uma redução de 40% na produção de jatos pelo período de dois anos devido aos impactos da crise causada pela pandemia de coronavírus (Covid-19). O corte na produção deve levar a fabricante de aviões a cortar empregos também, segundo fontes disseram a ‘Reuters’ no início de junho.
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Contudo, a Airbus já comunicou ao mercado que cortaria cerca de um terço de sua produção, em comparação com as projeções anteriores a pandemia. Entretanto, para alguns analistas, essa visão é otimista.