A Airbus anunciou, nesta sexta-feira (10), que produziu 863 aeronaves em 2019, com alta de 8% em comparação a 2018. Com isso, é esperado que a empresa ultrapasse a Boeing e se torne a maior fabricante de aviões do mundo.
Até o final de novembro de 2019, a Boeing, uma das principais concorrentes da Airbus, havia entregado somente
345 aviões. A redução ocorreu pois a fabricante norte-americana foi penalizada com a suspensão dos voos do modelo 737 Max após dois acidentes que causaram 346 mortes.
Mesmo com o bom resultado apresentado, a Airbus esperava um número ainda maior de vendas. No início do ano, a empresa planejava entregar entre 880 a 890 aeronaves. No entanto, em outubro a previsão foi revisada para baixo. A redução ocorreu por conta de problemas com a produção do modelo A321 ACF.
As encomendas da Airbus também apresentaram desempenho positivo no ano passado. A fabricante registrou 768 novas encomendas em 2019 ante 747 contabilizadas no ano anterior.
Por outro lado, a Boeing ainda não publicou os resultados equivalentes ao ano de 2019.
737 Max da Boeing
Em 2019, a Boeing teve seus resultados afetados por conta de problemas registrados em um de seus principais modelos, o 737 Max. O modelo deixou de operar em todo o mundo, devido aos dois acidentes que deixaram 346 mortos na Indonésia e Etiópia.
No final de dezembro, a companhia norte-americana informou que, por conta da interrupção da operação, a produção do modelo seria paralisada em janeiro deste ano.
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A proibição ocorreu em março do ano passado quando um avião da Ethiopian Airlines caiu matando todos os seus passageiros e tripulantes, meses depois da queda do avião da Lion Air, na Indonésia, que ocorreu em outubro de 2018.
Para que eles voltem a ser autorizados, a fabricante de aeronaves deverá realizar um voo teste que dá a certificação de que o software do avião foi atualizado e que houve treinamento de seus pilotos, pela Federal Aviation Administration (FAA, agência federal de aviação dos Estados Unidos).
A expectativa é que os órgãos reguladores decidam sobre uma possível retomada do modelo da Boeing até fevereiro deste ano.