Uma campanha nas redes sociais está incentivando pessoas de todo o mundo a alugarem imóveis no Airbnb (AIRB34) em território ucraniano, como forma de ajudar a população local em contexto de guerra.
Yan Asmann, um professor norte-americano, afirmou que está “triste e de coração partido” com a situação no país, e por isso decidiu alugar um Airbnb por três noites seguidas em Kiev, na Ucrânia, como forma de enviar apoio financeiro aos moradores locais.
“Eu queria doar, mas não tinha certeza de onde meu dinheiro iria parar. Então decidi usar a plataforma para dar meu apoio”, disse uma usuária chamada Tiffany Marie, em entrevista ao Business Insider – que conversou com diversos usuários sobre as formas de doação.
Rob Meehan, dono de alguns imóveis alugados no Airbnb no México, alugou um apartamento na capital Kyiv (Kiev) por duas noites, e pagou pouco mais de US$ 200.
Ao enviar uma mensagem para o anfitrião do Airbnb alugado, Meehan recebeu a seguinte resposta: “o espírito guerreiro da Ucrânia não pode ser parado. Ele vai morrer com o último ucraniano.”
Como forma de dar suporte às ações, o Airbnb divulgou que não cobrará as taxas de hóspedes e anfitriões que fizerem reservas no país. Um porta-voz do Airbnb disse ao Insider que a companhia não tem como objetivo lucrar com essas reservas.
Vale lembrar que o dinheiro chega de modo mais ‘eficaz’ no país, considerando que há um pagamento imediato 24h após a confirmação da reserva – ainda que o usuário não apareça no imóvel.
Com a mesma intenção, investidores em criptomoedas têm doado quantias às carteiras divulgadas pelo governo ucraniano, o que gerou arrecadações milionárias nas últimas semanas.
O Airbnb, além de facilitar as doações, afirmou que irá fornecer moradia gratuita de curto prazo para 100 mil refugiados que deixarem a Ucrânia.
As acomodações serão financiadas pela empresa, por doadores do fundo Airbnb para refugiados e por anfitriões.
Essa não é a primeira ação do tipo da companhia, já que em meados de agosto de 2021, o Airbnb ofereceu imóveis para mais de 20 mil refugiados afegãos.
Além disso, a companhia afirmou que trabalha com governos de vários países da Europa para acolher refugiados ucranianos, inclusive em acomodações de períodos mais longos.
O presidente executivo da empresa, Brian Chesky, e outros responsáveis da companhia enviaram cartas a líderes de Polônia, Alemanha, Hungria e Romênia.
Segundo um levantamento da AFP, cerca de 400 mil ucranianos já entraram na União Europeia desde o início da guerra.
Airbnb não funcionará mais na Rússia
Junto com uma leva de diversos aplicativos e empresas, o Airbnb e seu concorrente, o TripAdvisor, suspenderam suas operações na Rússia.
Chesky publicou na última sexta (4) em seu perfil no Twitter a decisão. Ao lado de sua foto, o executivo tem usado a bandeira ucraniana, além de vir compartilhando mensagens de apoio ao país.
Além do Airbnb, gigantes como a General Motors, Boeing, Twitter, Google e a brasileira Embraer (EMBR3) também anunciaram suspensão de negócios na Rússia.
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