Investimentos em agronegócio têm se tornado cada vez mais populares como opções rentáveis e seguras. E não é à toa. O setor é um dos mais importantes e promissores da economia do país. Em quase duas décadas, cerca de um quarto de tudo que é produzido no País veio do agro e as perspectivas são positivas para os próximos anos.
Dados divulgados pela B3 (B3SA3) mostram que os produtos ligados ao agronegócio apresentaram aumento de 95% do número de investidores para 1,6 milhão de pessoas. Da mesma forma, o volume aplicado em instrumentos financeiros ligados ao setor – isto é, Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagro) – tiveram um crescimento de 79%, para R$ 411 bilhões.
Em evento recente promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Instituto Brasileiro de Direito do Agronegócio (IBDA), o diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, destacou que o agronegócio do Brasil tem se tornado mais competitivo e moderno a cada ano que passa, mas que para manter esse ritmo, é necessário recurso.
“A cada ano a demanda por recursos é maior porque a evolução tecnológica não para e o produtor sabe que precisa implementar tecnologias para continuar tendo rentabilidade,”, disse Lucchi.
Neste sentido, Erik Oioli, sócio e conselheiro do instituto, destacou, no mesmo evento, que o CRA, a Lei do Agro (13.986/20) e o Fiagro são importantes instrumentos para aproximar produtor rural e mercado privado.
“O Fiagro foi um passo importante e um instrumento versátil criado depois da lei do agro. E não será por falta de instrumentos que os investimentos no agro não vão acontecer”, reforçou Oioli.
Os Fiagros, que começaram a ser negociados na bolsa em agosto de 2021 para ampliar a oferta de produtos relacionados ao agronegócio, já contavam, em dezembro daquele ano, com mais de R$ 5,2 bilhões em estoque, considerando os 33 fundos negociados.
Números da Anbima mostram que esses fundos chegaram ao fim de 2022 com patrimônio líquido de R$ 10,34 bilhões, uma alta acumulada no ano de 544%.
Por isso, o Suno Notícias separou cinco pontos que você precisa saber para também investir em agro.
Investir em agro: 5 pontos que precisa saber
1) Agro é dinâmico
Octaciano Neto, diretor de Agronegócio da Suno Asset, afirma que investir no segmento é direcionar os recursos para o segmento “mais dinâmico e vibrante da economia nacional”.
Segundo ele, o setor equivale a 27% da economia nacional. São 200 mil profissionais trabalhando no campo e cada vez mais atrai talentos.
“O Brasil é um grande produtor. É o mais competitivo do mundo. Se você mora no Brasil, conhece seu país e está fora desse negócio, não faz sentido”, diz o especialista, ao apontar a primeira razão para investir em agro, especialmente em Fiagro.
2) Demanda contratada
Nos últimos 20 anos (entre 2002 e 2022), o PIB agrícola brasileiro saltou de US$ 122 bilhões para US$ 500 bilhões, em números deflacionados. O montante registrado no ano passado equivale ao PIB da Argentina e isso em meio a crises econômicas globais e conflitos entre países. O aumento da demanda por alimentos e a busca por novas tecnologias e técnicas de produção impulsionam a expansão do setor e a valorização dos investimentos.
Só no segmento de alimentos, o setor possui uma demanda contratada pelos próximos 27 anos, já que o agronegócio mundial tem a capacidade de alimentar 7 bilhões de pessoas no mundo, e até 2050, 2 bilhões de pessoas devem nascer.
3) Rentabilidade
Octaciano Neto afirma que um cenário de juros altos, como o atual, beneficia diretamente a rentabilidade dos Fiagros, uma vez que a maioria dos fundos investem em CRAs que são é indexados ao CDI.
Um levantamento feito pela Quantum Finance para o Valor Investe mostra que, entre os Fiagros listados em bolsa com melhor desempenho, teve fundo que entregou retorno de nada menos que 30% só no ano passado.
4) Diversificação
Além de contar com diferentes tipos de investimentos, com rentabilidades diversificadas atendendo a diferentes bolsos e perfis de investidores, ao investir em Fiagro, por exemplo, a pessoa aplica seus recursos em toda a cadeia produtiva, ou seja desde a compra de máquinas e equipamentos até o capital de giro de uma grande rede de fast food quando compra um hambúrguer de um frigorífico, como exemplifica o diretor da Suno.
5) Vantagens competitivas
O agronegócio brasileiro por contar com um clima tropical permite que em um ano ocorram 3 ciclos de safras diferentes, o que possibilita sermos mais competitivos do que em países com climas temperados. Nisto conseguimos nos destacar, mundialmente, na produção de soja, milho, café, algodão e proteínas como carne de boi, frango e suíno.
Por isso, se você deseja conhecer mais a respeito dos investimentos atrelados ao agronegócio, precisa acompanhar a Semana de Agro do Suno Notícias, realizada com o apoio da Suno Asset, AZ Quest e da Fator ORE, gestora do fiagro Ourinvest Innovation Fiagro Imobiliário Unica (OIAG11).
Você também pode conferir tudo que vai rolar por aqui neste link.
Se você se interessa em investir no agronegócio, confira também o evento Fiagro Experience, que vai acontecer 28 de abril. Confira no link.