Com patrimônio líquido de R$ 11 bilhões e mais de 200 mil investidores, o Fiagro nasce em um contexto de escassez de crédito público no agronegócio, aproveitando-se de um segmento com alto grau de competitividade e que tem sido observado atentamente pelas gestoras.
O mercado de capitais, assim, acaba se tornando a melhor alternativa para o produtor rural, já que está bem coberto com operações de custeio – de curto prazo, utilizado para custear a safra –, mas encontra problemas com operações que demandam mais tempo.
“O grande diferencial do mercado de capitais é o prazo, e não as taxas”, afirma Octaciano Neto, diretor de agronegócio do grupo Suno.
De acordo com o diretor, o financiamento através do Fiagro também é uma forma adicional de obter uma reserva de capital logo após a sua aposentadoria, acrescentando que ele já estaria habilitado a recorrer a esta alternativa partindo de um faturamento anual na casa dos R$10 milhões.
Para Idalício Silva, gestor do AAZQ11, Fiagro da AZ Quest, um dos pontos chave para quem está ligado à produção rural é ter o dinheiro no tempo certo, e os Fiagros conseguem permitir esse tipo de estrutura.
“Você consegue planejar o tempo de execução das coisas, investimento e alocação de capital necessários para no final do dia, ter um planejamento maior”, disse Silva, ao participar de live na Semana do Agronegócio, uma parceria de mídia entre o Suno Notícias e o Notícias Agrícolas.
Ele comentou que, por possuir grande geração de valor, o Brasil consegue ser competitivo em todo mundo através do agronegócio, em várias etapas da cadeia e independente do que está sendo produzido. Dado este potencial, a AZ Quest também avalia outras oportunidades de investimento, como o crédito de carbono.
“Já tem gente atuando, é um mercado pujante que está crescendo bastante e de forma rápida. O país conseguiu se antecipar e começar a formalizar muitos projetos de preservação florestal na Amazônia”, disse Idalício.
Em evento recente promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Instituto Brasileiro de Direito do Agronegócio (IBDA), Erik Oioli, sócio e conselheiro do instituto, destacou que o Certificado de Recebível do Agronegócio, a Lei do Agro (13.986/20) e o Fiagro são importantes instrumentos para aproximar produtor rural e mercado privado.
“O Fiagro foi um passo importante e um instrumento versátil criado depois da lei do agro. E não será por falta de instrumentos que os investimentos no agro não vão acontecer”, reforçou Oioli.
Gestoras atentas ao segmento
Assim, apesar dos riscos embutidos na produção agrícola brasileira – como os climáticos, comerciais e sanitários sendo os principais –, os Fiagros possuem seus comitês de crédito bastante constituídos. Segundo Neto, não basta uma gestora conhecer muito do mercado de crédito e não conhecer o agro, e vice-versa. “Esse ‘jogar’ com a esquerda e com a direita é como as gestoras têm se estruturado”, apontou.
“Não faz sentido um investidor brasileiro não alocar seu capital no agronegócio, que representa quase um terço do PIB do país e é o setor em que mais somos competitivos”, destacou.
Por isso, se você deseja conhecer mais a respeito dos investimentos atrelados ao agronegócio, precisa acompanhar a Semana de Agro do Suno Notícias, realizada com o apoio da Suno Asset, AZ Quest e da Fator ORE, gestora do fiagro Ourinvest Innovation Fiagro Imobiliário Unica (OIAG11).
Você também pode conferir tudo que rolou por aqui neste link.
Se você se interessa em investir no agronegócio ou em Fiagros, confira também o evento Fiagro Experience, que vai acontecer 28 de abril. Confira no link.