O agronegócio segue ganhando ainda mais relevância entre os principais setores da economia brasileira. O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro deve atingir R$ 2,65 trilhões em 2023, alta de 36% comparada ao resultado de 2022. Os cálculos são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgados no dia 27 de junho. O cenário impulsiona os Fiagros, fundos de investimento do agronegócio.
Os números da economia no primeiro trimestre corroboram essa visão, já que o setor agrícola, que avançou 21,6% nos primeiros três meses deste ano ante mesmo período de 2022 – o melhor desempenho do agro desde 1996 -, impulsionou o crescimento de quase 2% do PIB no acumulado de janeiro a março de 2023.
E, mais recentemente, o peso do agronegócio contribuiu para que a balança comercial brasileira registrasse um superávit de US$ 10,5 bilhões (cerca de R$ 50 bilhões) em junho, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento Indústria Comércio e Serviços (MDIC) Esse foi melhor resultado para um mês de junho desde 1989, quando teve início a série histórica.
Investir em Fiagros é surfar no sucesso do agronegócio? Entenda
Esse cenário é muito positivo para os Fiagros, os fundos de investimento do agronegócio, que estão estregando aos seus investidores os frutos de uma boa safra de lucros.
Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), em sua conferência nesta quinta-feira, os fundos do agronegócio apresentaram dados interessantes na comparação entre junho de 2023 e junho 2022:
- Um crescimento de 7,1% no número de fundos disponíveis, com 2 mil novas opções chegando a 29.630 ofertas;
- O patrimônio líquido total doa indústria de fundos de investimento bateu os R$ 7,7 trilhões, ante os R$ 7,2 tri (+7,8%);
- Uma queda na captação líquida de R$ 250,6 bilhões negativos.
O vice-presidente da Anbima, Pedro Rudge, aponta que o entendimento da instituição sobre a redução é de que o dinheiro que sai dos fundos vai para outras alternativas de investimentos.
“Os influenciadores financeiros têm ajudado muito nesse momento de diversificação financeira. O investidor acaba tendo mais acesso e conhecimento para usufruir dos mais diversos produtos para construir sua carteira de acordo com seu apetite a risco”, comenta Rudge.
Indústria de fundos tem patrimônio líquido de R$ 7,75 trilhões
Os números da Anbima marcaram um patrimônio líquido da indústria de fundos na casa dos R$ 7,75 trilhões, um crescimento de 7,8%.
Na mesma maré, o patrimônio líquido dos Fiagros atingiu R$ 13,4 bilhões, com uma aumento na sua participação no patrimônio líquido dos fundos estruturados de 1% em abril para 1,05% em maio de 2023.
“[Os fiagros] são fundos que nós temos uma expectativa de terem um grande crescimento nos próximos anos. Eles são bastante recentes, mas já começam a mostrar bastante atratividade, com gestores lançando ofertas desse tipo de fundo,” opina ao vice-presidente da Anbima, em tom otimista.
O número de contas investidas nesses fundos saltou nos últimos doze meses para uma multiplicação de quase 5,5 vezes, de 64 mil para 353 mil unidades em maio de 2023.
Além disso, o volume de gestoras saltou nesse intervalo de tempo, principalmente para os Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC), +29,9%, o que acontece em paralelo à adição de novas modalidades de fundos nas carteiras de vários gestores. Grudge enxerga movimentos para aumentar a rentabilidade das carteiras face ao cenário político e econômico atual.
Além disso, o vice-presidente ressalta que crises em companhias como a Americanas (AMER3) e Light (LIGT3) foram eventos que transmitiram insegurança para o investidor dos FIDCs. Apesar dessa classe de fundos estar atrelada à renda fixa, ainda existe um risco de crédito.
“Hoje a gente tem uma indústria que financia várias empresas, que há cinco anos só tinham como alternativa um capital de giro bancário e um acesso bem menor a capital,” ele comenta. Grudge também complementa que a indústria dos fundos tem se desenvolvido e amadurecido, com mais gestores vendo oportunidades e lançando produtos nessa classe de ativos.
Conheça o Fiagro da Suno Asset: SNAG11
O SNAG11, Fiagro da gestora Suno Asset, apresentou nos últimos meses uma rentabilidade (dividend yield anualizado) de 15,31%.
Neste mês de julho, os proventos distribuídos pelo SNAG11 serão de R$ 1,20 por cota, ampliando os R$ 1,06 pagos por cota no mês anterior pelo Fiagro da Suno. Assim, nesse mês um investidor com 100 cotas, que valem atuais R$ 10,05 mil, receberão R$ 120 em proventos.
Os dividendos foram anunciados previamente pela Suno Asset, porém tiveram como DataCom o dia 15 de junho. Os demais dividendos dos fundos da Suno são tradicionalmente anunciados nos dias 15 de cada mês e pagos no dia 25. Quando alguma dessas duas datas não é um dia útil (feriado e fins de semana), o pagamento ou a divulgação é antecipada para o dia útil anterior.
Fiagro da Suno é o 4º mais líquido em 2023
O Fiagro da Suno, o SNAG11, passou a ser um dos Fiagros mais negociados de toda a indústria em 2023. Ao todo, foram negociados R$ 100 milhões em cotas do Fiagro apenas no primeiro trimestre deste ano.
Com isso, o Fiagro da Suno ganhou o reconhecimento de 4º mais líquido do ano, ficando atrás de dois concorrentes com cerca de R$ 150 milhões e mais um outro concorrente com liquidez na casa dos R$ 280 milhões.
Em outubro de 2022 o Fiagro já quebrava recordes com a maior liquidez diária para a classe de ativo em toda a breve história dessa indústria em desenvolvimento. Na ocasião o fiagro SNAG11 ultrapassou até o seu próprio recorde – já demarcado no dia do IPO na bolsa de valores brasileira (B3), em 8 de agosto de 2022.
Em 14 de outubro, o maior recorde chegou a R$ 14,13 milhões negociados em um só pregão, ante R$ 10,3 milhões negociados no dia do IPO do SNAG11. Os demais do ranking mostram cerca de R$ 9 milhões e R$ 7 milhões de liquidez diária.
Tal como os demais fundos da casa, é possível acessar as cartas e relatórios mais recentes do Fiagro SNAG11 no seu site oficial da Suno Asset.