‘Investir em Fiagro é financiar o agronegócio e combater a fome’, diz gestor
Em meio à alta de inflação nos alimentos e da possibilidade de recessão global, o CIO da EcoAgro e gestor do EGAF11, Bruno Lund, afirma que investir no agronegócio por meio do Fiagro – classe de ativo que está nas corretoras desde outubro de 2021 – é uma forma de injetar dinheiro no setor que dará mais oferta de alimentos, e consequentemente reduzirá o preço dos mesmos.
“É importante falar que, para o investidor que tem foco em ESG, financiar o agronegócio significa ajudar a combater a fome no mundo. Essa é a verdade”, pontua, em entrevista ao Suno Notícias.
O gestor do EGAF11 afirma que o cenário global pode ocasionar uma crise de abastecimento e aumentar os indicadores da fome, especialmente em regiões com patamares de maior vulnerabilidade social.
“Recentemente, um tema que vem ganhando muito destaque é a possibilidade de uma crise de fome no mundo, principalmente na África e na Ásia. O Brasil terá um papel predominante nisso: somos um dos maiores exportadores de alimentos do mundo”, afirma.
“Se você gosta de ESG e investe no Fiagro, financia os produtores que vão ajudar a combater a fome no mundo, o que é bem relevante. Esse tema, de crise de alimentos, será muito visto nos noticiários. Provavelmente algumas regiões passarão fome por causa de falta de alimentos”, acrescenta
Fundo do agronegócio paga 18% ao ano nos patamares atuais
Em entrevista exclusiva em live no canal do YouTube do Suno Notícias, o especialista aponta que esses indicadores macroeconômicos devem ser úteis para “nortear” um aporte em um Fiagro e que o Fiagro EGAF11 paga uma média de 18% ao ano nos patamares de juros atuais.
“Os papéis da nossa carteira são indexados ao CDI: são todos CDI+5%. Com a alta de juros, vindo de 2%, temos uma meta de pagar CDI+4% ao investidor”, afirma.
“Enquanto a taxa de juros estiver em patamar alto, o investidor vai receber juros expressivos, da ordem de 20%. Se você pegar os juros compostos e analisar, terá 18% ao ano. Investimento que dá 18% ao ano no Brasil está difícil encontrar”, acrescenta.
Além disso, o gestor do EGAF11 aponta que, dado o caráter da carteira, há um risco extremamente reduzido. Atualmente o fundo da EcoAgro faz aportes em CRAs, que são títulos de concessão de crédito a diversos produtores.
“Nosso fundo tem risco ‘virtualmente zero’. Enquanto a Selic estiver em patamar alto, é um produto muito interessante. Não temos nenhum produto atrelado à inflação. Podemos até colocar, está no regulamento, mas hoje não queremos”, lembra ele.
Em uma entrevista anterior, Lund já havia citado que o principal risco é climático e o que produtor está à mercê das questões climáticas e pode sofrer muito. O gestor pondera que, em virtude da diversificação dos investimentos, há uma proteção do investidor.
“No Rio Grande do Sul, por exemplo, você teve problemas nos meses passados que ocasionaram perdas de safra de até 100%. Nesse caso, o produtor vai atrasar no pagamento de juros”, explica o gestor do Fiagro.
O especialista também aponta que todos os CRAs são garantidos pela cessão fiduciária dos recebíveis da empresa, o que mantém o EGAF11 protegido de uma eventual inadimplência – que já tem risco baixo de vir a ocorrer.
Veja mais sobre o EGAF11
O trecho desta notícia, de uma live realizada pelo Suno Notícias, faz parte da Semana do Fiagro, que teve conteúdos diários de segunda a sexta, e outras transmissões ao vivo.
O investidor pode ter contato com todas as matéria da semana do Fiagro clicando aqui.
Além da live com o gestor do Fiagro EGAF11, o editor multimídia Gregory Prudenciano realizou entrevistas ao vivo com Gustavo Almeida, da XP Asset, falando sobre o XPCA11 e o XPAG11, e com Amanda Coura, da Suno Asset, que falou sobre os fundos da Suno e o caráter desse tipo de ativo que está vinculado ao agronegócio.