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‘Governo não consegue prover toda a necessidade do agronegócio, e eles precisam de uma alternativa’, diz sócio da XP

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Agronegócio. Foto: Pixabay

O agronegócio é um dos principais motores da economia do País e uma parcela significativa da sua operação conta com financiamento do Governo. Fabio Mazzo, sócio e integrante da cobertura agro da XP Inc., afirma que esses recursos não são suficientes para toda a necessidade da produção nacional e, por isso, os produtores e empresas do setor precisam de uma alternativa, como o mercado de capitais.

“A XP fez um trabalho muito grande de começar a acessar esses atores do agronegócio e começar a explicar para eles o que é o mercado de capitais, uma grande oportunidade”, destaca Mazzo no Fiagro Experience.

O evento promovido pelo Grupo Suno é realizado nesta sexta (28) na Bolsa de Valores e reúne os principais players do agronegócio nacional para debaterem sobre os rumos e oportunidades deste setor.

O executivo da XP reforça que, ao longo dos últimos anos, a empresa identificou que existe uma demanda grande em torno de crédito neste setor, mas “o governo não consegue prover toda a necessidade e eles precisam de uma alternativa”.

“O trabalho que fizemos foi começar a trazer o mercado de capitais para o agro, é um processo de educação. Começamos fazendo isso com grandes empresas, mas hoje já estamos chegando em um patamar em que trazemos produtores com milhares de hectares de soja, milho, com parte vinculada em grãos. Estamos fazendo operações de dividas no mercado de capitais”, complementa o profissional.

Agronegócio no Brasil: Potencial e oportunidades

No ano passado, o setor agro recuou 1,7%, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Um dos fatores para essa queda foram os efeitos climáticos adversos na região Sul, como a seca do ano passado.

Contudo, na visão do Itaú, o PIB do agro deve disparar 10% neste ano. De acordo com os dados do IBGE, a produção de grãos deve chegar na casa dos 302 milhões de toneladas, recorde para o setor. Por isso, a atual colheita está sendo batizada como supersafra 2023.

Tiago Reis, fundador do Grupo Suno, acredita que a união entre o mercado de capitais e o agronegócio trará o financiamento necessário para o setor. “Apesar da competitividade, ainda têm muitos investimentos que não são feitos em todas as frentes. Muitas vezes, o agricultor não tem dinheiro pra fazer o custeio, não compra o material que gostaria nem as máquinas”.

“Infelizmente, no Brasil hoje, o produtor do agronegócio subinveste porque falta dinheiro. Se a agricultura quer continuar crescendo, ela vai precisar encontra outra forma de se financiar. Sou muito confiante de que os Fiagros podem ser uma solução, se não a principal do mercado, que repete o que aconteceu com os fundos imobiliários”, complementa.

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