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Agrogalaxy (AGXY3) estreia em forte queda na B3; IPO movimenta R$ 350 milhões

Agrogalaxy (AGXY3) aprova renegociação e alongamento de dívida milionária

Agrogalaxy (AGXY3). Foto: Pixabay

A Agrogalaxy (AGXY3) estreou em forte queda na B3 nesta segunda-feira (26). Em sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), as ações da empresa fecharam com uma baixa de 22,55%, negociados a R$ 10,65.

Na última quinta-feira (22), a Agrogalaxy precificou suas ações em R$ 13,75 cada, no piso da faixa indicativa, apresentada no prospecto preliminar arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A operação movimentou R$ 349,99 milhões.

Todos os recursos líquidos levantados com a venda de 25,45 milhões de ações ordinárias irão para o caixa da empresa, com uma oferta totalmente primária. O IPO foi feito com base na Instrução 476 da CVM, restrita a investidores profissionais.

Antes, a empresa visava movimentar R$ 1,2 bilhão na operação, que também incluiria uma tranche secundária e seria pública (ICVM 400). A desistência ocorreu em março, em meio à volatilidade dos mercados.

De acordo com a companhia, os recursos líquidos provenientes da oferta restrita serão destinados a operações de fusão e aquisição e promoção do crescimento orgânico e capital de giro.

O coordenador líder da operação foi o Itaú BBA, que contou com a participação de XP, UBS BB, Safra e Banco ABC Brasil (ABCB4).

Histórico da Agrogalaxy

A criação da plataforma da Agrogalaxy, como a empresa se classifica, ocorreu em 2014, com o início da Agro Trends, que tinha por objetivo participar de outras sociedades empresariais do setor.

Em 2015, a empresa comprou 60% da Rural Brasil, líder na distribuição de insumos agrícolas e originação de grãos, atuante sobre os estados de Goiás, Mato Grosso, Pará, Tocantins e Maranhão.

No ano passado, a companhia incorporou a Agro Key, controladora da Agro Control. Além disso, 2020 também marcou a compra da Agro Total pela Agro Trends.

O passado recheado de fusões e aquisições faz com que, hoje, a Agrogalaxy seja a holding de diversas empresas e marcas. A companhia atua sobre nove estados importantes do segmento agrícola, englobando 10 milhões de hectares.

Nos primeiros 10 meses do ano passado, a empresa teve um prejuízo de R$ 26,1 milhões, com uma receita de R$ 3,23 bilhões. No mesmo período de 2019, a Agrogalaxy teve um lucro líquido de R$ 15,6 milhões, fechando o ano em R$ 59,8 milhões positivos.

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