Veja a agenda de resultados trimestrais desta semana
Os investidores da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) seguem atentos aos resultados trimestrais referentes ao período entre abril e junho deste ano. Período esse que deve traduzir, de forma mais clara, os impactos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) nas empresas de capital aberto.
Com o período de divulgações iniciado em meados do mês passado, os resultados do segundo trimestre devem apresentar aos acionistas as influências da crise, a depender do modelo de negócios e sua exposição à economia doméstica e internacional de cada empresa.
As empresas listadas na bolsa brasileira têm até o fim deste mês para apresentarem seus números referentes ao segundo trimestre. Veja quais empresas divulgarão seus resultados até a próxima sexta-feira (28):
Empresa | Ticker | Data |
Ser Educacional | SEER3 | 24/8 |
Lojas Marisa | AMAR3 | 24/8 |
Metalfrio | FRIO3 | 24/8 |
Qualicorp | QUAL3 | 25/8 |
Vivara | VIVA3 | 26/8 |
Estácio Participações | YDUQ3 | 26/8 |
EDP Brasil | ENBR3 | 28/8 |
Technos | TECN3 | 28/8 |
IRB Brasil | IRBR3 | 28/8 |
Já em menor ritmo, a divulgação de resultados tem mostrado que algumas empresas têm se saído melhor do que outras, dependendo do setor de atuação, exposição ao dólar ou se é diretamente impactada pela pandemia.
Na última semana, a maior varejista do Brasil, o Magazine Luiza (MGLU3), apresentou um prejuízo de R$ 64,5 milhões, no entanto, o e-commerce cresceu 2,6 vezes a média do mercado. O volume de vendas cresceu quase 50%, para R$8,6 bilhões entre os meses de abril e junho.
“Diante do contexto, talvez o trimestre mais desafiador de qualquer CEO tenha participado. A gente tinha uma crise econômica, social e de saúde. A gente iniciou o trimestre com muitas inseguranças, com minha decisão de fechar 100% das lojas no final de março, então um contexto muito desafiador. Eu considero um trimestre épico”, afirmou Frederico Trajano, CEO do Magazine Luiz, entrevista exclusiva ao SUNO Noticias.
Outra varejista, a C&A também registrou um prejuízo, mas maior: R$ 192,1 milhões. No documento, a C&A (CEAB3) salientou que seu prejuízo pró-forma no período ficou em R$ 181,6 milhões, ante lucro de 29,1 milhões no segundo trimestre de 2019.
A empresa explicou que “o resultado do trimestre é consequência da realidade dura que enfrentamos, com impacto sem precedente nas receitas em função do fechamento de todas as lojas e nosso melhor esforço em reduzir as despesas da companhia para minimizar o prejuízo. Durante todo o trimestre mantivemos negociações com provedores, principalmente os relacionados a operação das lojas, para postergar e reduzir pagamentos”.
Saiba mais: Confira a agenda completa de resultados do segundo de trimestre de 2020
Caso projeções se confirmem, a economia do Brasil enfrentará a pior recessão do último século em função dos efeitos do coronavírus. A capacidade de resiliência das empresas dará conduzirá os resultados corporativos ao longo deste ano.