Pautas importantes no Congresso Nacional estão na agenda econômica da semana que vem. Em mais um capítulo sobre a discussão do teto dos gastos, o projeto de lei que cria o novo arcabouço fiscal retorna à Câmara dos Deputados, ao mesmo tempo que deve ser debatida a proposta de Reforma Tributária.
Ainda entre os assuntos que devem movimentar o mercado financeiro na semana está a sabatina, na próxima terça-feira (4) de Gabriel Galípolo e Aílton Santos na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.
Ambos são indicados pelo governo Lula para integrar o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). É esperada a aprovação dos nomes, que já participarão da próxima reunião do Copom, em agosto.
Confira o que mais deve acontecer no calendário econômico da semana que vem:
- Segunda-feira (3): Às 8h25, será divulgado o Boletim Focus com novas projeções da taxa Selic e inflação medida pelo IPCA, após ata do Copom divulgada desta semana;
- Segunda-feira (3): apresentação da balança comercial de junho;
- Terça-feira (4), divulgação do resultado da produção industrial de maio;
- Sexta-feira (7), divulgação da inflação do IGP-DI de junho;
- Sexta-feira (7): dados da produção e exportação da Anfavea, referentes a junho.
Agenda econômica externa
Nos Estados Unidos, o banco central americano, Federal Reserve (Fed), divulgará na próxima quarta-feira (5), a ata da sua reunião de junho, cuja decisão foi de manter os juros em 5,25%. A sinalização dada no dia, contudo, foi de volta do aperto monetário. O documento deve dar mais sinais das próximas decisões da entidade.
Amanhã (3), os mercados em Nova York vão fechar mais cedo por conta do feriado da Independência dos EUA na terça (4). Não são esperados grandes volumes de negócios nestes primeiros dias da semana.
Já na sexta-feira (7), será divulgado o chamado payroll de junho, relatório de empregos do país e que é aguardado para a condução da política monetária.
Ibovespa em junho
Em relação ao mercado nacional, apesar do Ibovespa ter recuado por três vezes seguidas na semana passada, o índice da B3 avançou 9% em junho, superando o desempenho dos três principais índices de Nova York, que ficou entre +4,56% (Dow Jones) e +6,59% (Nasdaq) no mês.
Esse ganho de junho foi o melhor desempenho mensal para a Bolsa brasileira desde dezembro de 2020, quando o Ibovespa subiu 9,30% – na ocasião, ainda no contexto da forte volatilidade global que marcou o primeiro ano da pandemia de covid-19.
No semestre que chega ao fim na sexta-feira (30)- os melhores primeiros seis meses desde 2019, quando havia subido 14,88% no mesmo intervalo -, o Ibovespa acumula alta de 7,61%, comparada a uma retração de 5,99% entre janeiro e junho do ano passado, quando temores fiscais domésticos se combinavam a incertezas quanto ao grau de desaceleração da economia mundial, pautada então pelo ciclo de aperto monetário, especialmente nos Estados Unidos.
Acompanhe o Suno Notícias para saber mais, além do arcabouço fiscal, sobre o que deve impactar o Ibovespa, assim como mercado financeiro na próxima semana.
Com informações do Estadão Conteúdo
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