A agenda do dia desta terça-feira (15) traz dados da indústria americana, bem como da importação dos Estados Unidos, que devem dar o tom de como a economia do país está respondendo à crise do coronavírus. Além disso, ainda no cenário internacional, vale ficar de olho nos índices PMIs da China, que, com recentes altas, vem puxando os ânimos do mercado.
Ainda lá fora, mais cedo, a agenda do dia contou com a divulgação da taxa de desemprego do Reino Unido de outubro, que superou positivamente o consenso, vindo a 4,90%, contra os 5,10% previstos. O número, porém, ainda não traz o resultado das recentes restrições implementadas no país após o aumento de casos da Covid-19.
Na agenda do dia, Campos Neto tem dia movimentado após Ata do Copom
No cenário interno, a agenda do dia contou com a divulgação pelo Banco Central, às oito horas, a ata do Copom, em que a instituição deu um tom, diferentemente das outras vezes, que reavalia alterações na taxa de juros, acompanhando a trajetória da dívida e o cenário internacional, com fatores de risco “em ambas direções”.
Ainda relativo ao Banco Central na agenda do dia, o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, participa de uma videoconferência promovida pela Eurasia Group, às 10h00 e, posteriormente, palestrará em evento da BlackRock, às 17h30.
De olho ainda em falas de atores políticos, Bolsonaro participará de um ato de reinauguração da Torre do Relógio, em São Paulo, eventos em que, comumente, o presidente dá declarações e discursa.
A agenda do dia ainda contou com a divulgação do Índice Geral de Preços-10, o IGP-10, pela FGV, que mostrou desaceleração na alta, indo a 1,97% em dezembro, contra avanço de 3,51% em novembro. O índice é utilizado para o cálculo de reajustes de tarifas públicas e contratos de aluguel.
Após decisão de STF, Guedes se encontra com secretário
Chama a atenção também, a reunião do ministro da Economia, Paulo Guedes, com Roberto Fendt, secretário especial de Comércio Exterior. O encontro vem um dia após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, de derrubar a zeragem do imposto de importação de armas feita pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara do Comércio Exterior, que responde à Fendt.
Aumentar a facilidade na aquisição de armas é uma promessa política de longa data do governo Bolsonaro, mas a decisão foi derrubada por colocar em risco a segurança pública e, além disso, foi criticada por companhias brasileiras do setor de segurança, como a Taurus (TASA4). A presença da reunião na agenda do dia de Guedes logo após o STF derrubar a decisão pode trazer novas movimentações no setor.