Nesta semana, o mercado começa a esquentar os motores para as divulgações de balanços referentes ao terceiro trimestre deste ano. Os investidores da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) acompanharão de perto os resultados das maiores companhias do Brasil, e a forma com que vem lidando com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Nesta semana, Weg (WEGE3), Indústrias Romi (ROMI3), Neoenergia (NEOE3) e Hypera (HYPE3) apresentarão seus números.
As empresas listadas na Bolsa brasileira terão até meados de novembro para divulgarem os balanços do período entre julho e setembro. Esse intervalo abrange um contexto de reabertura da economia após o período de maior intensidade dos impactos da pandemia.
No segundo trimestre, a Weg foi um dos destaques da B3. A companhia obteve um lucro líquido de R$ 514,37 milhões, resultado 32,2% superior ao apresentado no mesmo período do ano passado. A receita operacional líquida, por sua vez, subiu 23,7%, para R$ 4,06 bilhões.
Desse resultado, o mercado interno foi responsável por R$ 1,604 bilhão (alta de 24,4% na relação anualizada), enquanto o mercado externo contribuiu com R$ 2,459 bilhões (avanço de 23,2% na mesma base comparativa). “A receita do mercado externo em reais foi positivamente impactada pela variação do dólar norte-americano médio, que passou de R$ 3,92 no segundo trimestre de 2019 para R$ 5,38 no segundo trimestre de 2020, com valorização de 37,2% sobre o real”, salientou a empresa.
A empresa divulgará seus resultados na próxima quarta-feira (21), antes da abertura do mercado.
Balanços de Indústrias Romi, Neoenergia e Hypera
A Indústrias Romi e a Neoenergia apresentarão seus números na próxima terça-feira (20), após o fechamento do mercado.
A primeira, no segundo trimestre deste ano, apresentou um lucro líquido de R$ 11,4 milhões. Os números revertem um prejuízo de R$ 4,4 milhões registrado no mesmo período do ano passado, mas representam uma desaceleração de 72,2% em comparação com os três primeiros meses de 2020.
De acordo com o balanço da empresa, a partir de meados de março, o volume de negócios foi impactado por uma redução temporária, porém, houve uma recuperação importante na entrada de pedidos de máquinas.
Já a Neoenergia registrou uma queda de 18% do lucro líquido no período entre abril e junho, para R$ 423 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 19%, para R$ 1,1 bilhão. Segundo a empresa, o recuo de ambos os indicadores são explicados pelos efeitos da pandemia.
O resultado da Hypera (HYPE3) será divulgado na próxima sexta-feira (23). No segundo trimestre, a empresa teve um lucro líquido de R$ 396,4 milhões, um crescimento de 17,6% em relação aos R$ 337 milhões divulgados no mesmo período do ano passado.
A temporada de balanços corporativos foi iniciado na última semana pela CSN (CSNA3). A companhia siderúrgica teve um lucro líquido de R$ 1,26 bilhão, revertendo o prejuízo de R$ 871 milhões registrado no mesmo período de 2019.