Em meio às incertezas causadas pela pandemia, os investidores permanecem de olho nos balanços corporativos do segundo trimestre deste ano. É esperado que os impactos do novo coronavírus tenham se intensificado no fim de março, pouco contabilizando para o primeiro trimestre.
Com o período de divulgações iniciado em meados do mês passado, os balanços do segundo trimestre devem apresentar aos acionistas os impactos gerados pela crise de forma mais ampla, a depender do modelo de negócios e sua exposição à economia doméstica e externa.
As companhias listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) têm até o fim deste mês para divulgarem seus números referentes ao período de abril a junho. Confira quais empresas apresentarão seus resultados nesta semana:
Empresa | Ticker | Data |
Magazine Luiza | MGLU3 | 17/8 |
C&A | CEAB3 | 19/8 |
Alliar | AALR3 | 20/8 |
A última semana foi recheada de resultados, com mais de 130 divulgações dentre as empresas listadas e negociadas na B3. Um dos destaques foi a Itaúsa (ITSA4), que apresentou um lucro líquido de R$ 598 milhões no segundo trimestre, o equivalente a uma queda de 75,4% na comparação anualizada.
A receita da empresa ficou em R$ 1,046 bilhão, uma queda de 8,5% em relação ao mesmo período de 2019. As despesas administrativas somaram R$ 24 milhões, uma redução de 17,2% frente ao mesmo intervalo do ano anterior por causa, principalmente, da reversão de provisão relacionada a projetos de “Novos Negócios”.
Outro destaque ficou por conta do BTG Pactual (BPAC11), que lucrou R$ 977 milhões no segundo trimestre, estável na relação anualizada. A receita total da instituição somou R$ 2,48 bilhões durante o período de abril a junho de 2020. Na compação ano a ano, o resultado é equivalente a uma alta de 13,8%.
O faturamento foi puxado pela área de sales & trading, com uma receita de R$ 1,01 bilhão, que cresceu 15% em comparação ao segundo trimestre de 2019. O investment banking também colaborou para o resultado, com uma alta de 19% da receita em comparação ao mesmo período do ano passado.
A Marfrig (MRFG3), por sua vez, elevou seu lucro em 1.743%, para R$ 1,59 bilhão, ante R$ 87 milhões no mesmo período do ano passado. A receita líquida da Marfrig, por sua vez, cresceu 54% no período, passando de R$ 12,24 bilhões no segundo trimestre de 2019 para R$ 18,88 bilhões no segundo trimestre deste ano.
“Este foi um período de recordes históricos para a companhia — resultado do desempenho operacional, significativamente acima da média de mercado – e das operações da América do Norte e América do Sul”, salientou a empresa na divulgação dos seus resultados.
Saiba mais: Confira a agenda completa de resultados do segundo de trimestre de 2020
Se as projeções se confirmarem, a economia brasileira enfrentará a pior recessão do último século em razão dos efeitos do coronavírus. A capacidade de resiliência das empresas dará conduzirá os balanços corporativos ao longo de 2020.