A Afya poderia levantar até US$ 269 milhões com uma Oferta Pública Inicial de ações (IPO) na próxima semana. A operação seria realizada em Nova York, no Nasdaq.
A Afya é uma empresa brasileira do setor de educação, especializada em cursos no setor de saúde. Segundo o prospecto preliminar divulgado pela própria empresa, deveriam ser comercializados até 15.805.841 ações classe A. Está previsto o exercício de um lote adicional.
A oferta será quase exclusivamente primária. Caso exerça o lote adicional, a empresa venderá 13.888.887 ações, o 87,9% do total. O restante será vendido pelos acionistas:
- Nicolau Carvalho Esteves (555.555 ações)
- JC Joint Fundo de Investimento em Participações (433.283 ações)
- Agile Century Limited (631.286 ações)
- e outros sete acionistas minoritários individuais.
A faixa indicativa de preço dos papeis da empresa vai de US$ 16 a US$ 18. Por isso, calculando a média, a operação deve levantar US$ 268,7 milhões.
O IPO é liderado pelos bancos:
- Bank of America Merrill Lynch
- Goldman Sachs
- UBS
- Itaú BBA
- Morgan Stanley
- BTG Pactual
- XP Investimentos
Após a realização do IPO, a família Esteves e o fundo Crescera (ex-Bozano), atuais controladores da Afya, manterão uma fatia de 94,7% do poder de voto, considerando também o lote adicional. Os Esteves e o Crescera são detentores de ações classe B, que dão direito a dez vezes o poder de voto das ações classe A.
Forte crescimento em 2018
A Afya está registrando um forte crescimento nos últimos anos. Em 2018 a empresa teve uma receita de R$ 333,9 milhões, um aumento de 54,6% em relação ao ano anterior. Por sua vez, o lucro foi de R$ 94,7 milhões, com expansão de 95,2%.
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A empresa tem atualmente 21 campi no Brasil. Desses, somente 16 estão atualmente em operação. Outros cinco, já aprovados pelo Ministério de Educação e Cultura (MEC), ainda não iniciaram suas atividades.
No total, somando todos os diversos outros cursos oferecidos pela companhia, a Afya tem mais de 26,6 mil estudantes. Somente para medicina, são 1.352 vagas.
A Afya quer utilizar os recursos levantados com o IPO para financiar futuras aquisições. Entre elas, pelo menos outras mil vagas de medicina, além de produtos complementares e tecnologia.