A AES Tietê (TIET11) registrou lucro líquido de R$ 51,1 milhões no terceiro trimestre de 2020, queda de 47,3% em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com a companhia, houve um impacto negativo de uma despesa com atualização monetária do passivo de risco hidrológico (GSF), que somou R$ 100,7 milhões.
O resultado financeiro do trimestre foi negativo em R$ 184,7 milhões, enquanto no ano anterior havia sido negativo em R$ 65,7 milhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) foi de R$ 311,7, avanço de 22,3% na comparação anual. Segundo o release de resultados, o resultado do Ebitda se deve ao aumento da margem líquida consolidada em todos os ativos da companhia.
Já a receita líquida caiu 0,3% e somou R$ 509,4 milhões.
Volume de energia bruta
O volume total de energia bruta gerada pelas usinas hidráulicas da AES Tietê somou 2.382,0 GWh no trimestre, 16,1% inferior ao mesmo período de 2019. No segmento eólico, a energia bruta gerada foi de 508,6 GWh, queda de 6,9% na comparação anual. Ao mesmo tempo, o segmento de fonte solar teve geração bruta de 153,5 GWh no trimestre, alta de 54,3% ante o mesmo período de 2019.
A AES Tietê encerrou o trimestre com dívida líquida de R$ 2,8 bilhões e alavancagem (dívida líquida sobre Ebitda ajustado) de 2,3 vezes. O resultado é um pouco melhor do que o visto um ano antes, quando a dívida líquida somava R$ 3 bilhões e a alavancagem era de 2,9 vezes.
As despesas operacionais somaram R$ 76,4 milhões no terceiro trimestre, em linha com o reportado no mesmo intervalo de 2019.
No seu documento de resultados, a AES Tietê informou que pretende investir R$ 1,4 bilhão entre 2020 e 2024. Os recursos serão destinados para modernização e manutenção de seus ativos e à expansão, com destaque para o início da construção do Complexo Eólico Tucano.