AES Tietê (TIET11) poderia negociar novamente com a Eneva (ENEV3)
A administração da AES Tietê (TIET11) informou nessa segunda-feira (20) que está disposta a negociar uma nova oferta que atende melhor o interesse dos acionistas da Eneva (ENEV3) , para a fusão dos negócios das duas companhias.
A AES Tietê salientou através de fato relevante que a nova proposta da Eneva deve “contemplar, dentre outras melhorias, a possibilidade de liquidez integral para os acionistas”.
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O conselho de administração da AES Tietê rejeitou por unanimidade a proposta de fusão feita pela Eneva. As informações foram publicadas em fatos relevantes divulgados pelas empresas no último domingo (19). A proposta propunha o pagamento de R$ 2,75 bilhões em dinheiro mais ações da Eneva e cada unit da AES, o acionista receberia R$ 6,89, mais 0,2305 ação ordinária da Eneva.
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“O Conselho de Administração da Companhia reuniu-se nesta data, tendo decidido, pela unanimidade de seus membros, rejeitar a Proposta Hostil, nos termos do parecer anexo, por entender que seus termos e condições são inadequados ao melhor interesse da companhia e do conjunto de seus acionistas, tendo em vista, principalmente, a incompatibilidade existente
entre os negócios e as estratégias da companhia e da Eneva”, informou a AES Tietê.
A companhia citou as incompartibilidades de planejamento estratégico entre ela e a Eneva. A empresa ressalta que seus objetivos são traçados a partir da criação de valor para os seus acionistas por intermédio do atendimento das necessidades de seus clientes, que procuram por energia renovável e limpa.
“A Eneva, por outro lado, tem seu modelo de negócios centrado na geração, exploração e produção de hidrocarbonetos, com foco na geração térmica baseada em gás natural e carvão mineral. Nesse sentido, o Conselho de Administração da Companhia entende que a combinação de negócios objeto da Proposta Hostil não é aderente aos princípios perseguidos pela AES Tietê, sendo contrária ao planejamento estratégico e operacional da Companhia e pondo em risco a manutenção de seu modelo de negócios sustentável.” Informou a AES através de fato relevante.
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A AES informou que está preparada para as fortes transformações que o setor elétrico está passando e tem como foco principal a sustentabilidade de longo prazo. Portanto, a empresa tem sua atuação, metas e diretrizes organizacionais “alinhadas ao compromisso com as melhores práticas socioambientais e de governança (ESG –Environmental, Social & Governance)”.
A proposta da Eneva pela fusão com a AES Tietê
A proposta da Eneva pela fusão com a AES Tietê poderia criar a segunda maior geradora privada de energia do Brasil, com faturamento anual de cerca de R$ 5 bilhões.
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O valor total da proposta era de R$ 6,6 bilhões, sendo R$ 2,75 bilhões em dinheiro e o restante do montante em ações. No início da operação, a AES Tietê chegou a criticar os termos da proposta feita pela Eneva, mas mesmo assim contratou assessores financeiros e legais para analisarem a oferta.