As ações da AES Tietê (TIET11) despencaram 8,35% nesta terça-feira (28), para R$ 15,26, após o anúncio da venda de fatia da geradora de energia para a controladora AES Corp.
A decisão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de autorizar a compra de parte de suas units da AES Tietê pela controladora norte-americana, em detrimento da oferta feita pela Eneva (ENEV3), não agradou aos investidores.
A AES Tietê comunicou na noite da última segunda-feira (27) que o banco de fomento aceitou a proposta da AES Corp. por 18,5% do capital total da geradora pelo valor de R$ 1,27 bilhão em dinheiro. O número equivale a R$ 17,15 por unit da companhia. A empresa estadunidense também se comprometeu a levar a geradora de energia ao Novo Mercado, segmento da mais alta governança corporativa da bolsa brasileira.
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Dessa forma, a decisão colocou fim à disputa entre a Eneva e a controladora da empresa pela fatia do BNDES, o que desagradou os acionistas das companhias brasileiras. Os ativos com ticker ENEV3, embora tenham apresentado uma queda tão expressiva quanto os papéis TIET11, caíram de 2,14% para R$ 49,81.
Batalha por fatia da AES Tietê chega ao fim
A disputa entre a Eneva e a AES Corp. já dura meses e se acirrou nas últimas semanas à medida que o prazo para decisão do BNDES se aproximava. O jornal “Valor Econômico” noticiou no último domingo (26) que a norte-americana havia realizado uma oferta pela Tietê por um valor de R$ 1,27 bilhão em dinheiro.
O jornal informou que o banco de fomento teria se decidido por essa proposta, em razão do preço mais atrativo e da possibilidade de receber o montante em dinheiro.
Não obstante, a Eneva correu para apresentar uma nova oferta por fatia da companhia na segunda-feira (27). A brasileira propôs R$ 1,99 bilhão pela totalidade da AES Tietê, com o restante em troca de ações, numa operação que avaliava a empresa em R$ 7,9 bilhões. O movimento cobriu a proposta que havia feito pela empresa em abril e na semana passada.
Saiba mais: BNDES vende parte da AES Tietê para a AES Corp. por R$ 1,27 bi
Com isso, expectativa do mercado era de que o BNDES pudesse adiar a sua decisão. Porém, o banco de desenvolvimento acabou por escolher a oferta da controladora norte-americana da AES Tietê, colocando um fim à disputa.
