A diretora financeira e de relações com investidores da AES Tietê (TIET11), Clarissa Della Nina, disse, em entrevista à “Reuters”, que a empresa pode continuar negociando com a Eneva caso os valores da proposta e a estrutura sejam ampliados. A informação foi publicada nesta segunda-feira (20).
“O conselho tentou avaliar todas alternativas possíveis para continuar essa conversa [com a Eneva]. E, uma proposta 100% em dinheiro, que a gente chama ‘com liquidez’, num patamar de valor adequado para os ativos da AES Tietê, pode ser uma proposta que faça sentido para os acionistas”, disse Della Nina à Reuters.
Sobre a oferta da Eneva na ordem de R$ 6,6 bilhões para a fusão das duas empresas, a executiva disse que foi realizado um longo trabalho para decidir que a proposta seria rejeitada.
“O conselho decidiu de forma unânime rejeitar. A gente fez um trabalho bastante longo e profundo para que se chegasse a essa conclusão. Tem a questão do preço, antes de mais nada. A oferta de troca de ações coloca a AES Tietê um valor muito abaixo do que a gente entende ser o valor correto da companhia”, acrescentou a executiva.
Carta da AES Tietê à Eneva recusando a proposta
O conselho de administração da AES Tietê rejeitou por unanimidade a proposta de fusão feita pela Eneva. As informações foram publicadas em fatos relevantes divulgados pelas empresas no último domingo (19).
Saiba mais: Conselho da AES Tietê (TIET11) recusa fusão proposta pela Eneva
“O Conselho de Administração da Companhia reuniu-se nesta data, tendo decidido, pela unanimidade de seus membros, rejeitar a Proposta Hostil, nos termos do parecer anexo, por entender que seus termos e condições são inadequados ao melhor interesse da companhia e do conjunto de seus acionistas, tendo em vista, principalmente, a incompatibilidade existente
entre os negócios e as estratégias da companhia e da Eneva”, informou a AES Tietê.
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