A AES Brasil (AESB3) divulgou seu novo balanço trimestral, no qual reportou os seus resultados do quarto trimestre de 2023 (4T23). Após o anúncio, a XP Investimentos manteve uma recomendação neutra para as ações da companhia, colocando um preço-alvo de R$ 14, com potencial de alta de 32,9% sobre a cotação final de segunda-feira (26), que era de R$ 10,53.
Segundo a XP, os resultados da AES Brasil, no âmbito operacional, vieram alinhados com as projeções dos analistas da casa, mas ainda se observa um “trimestre sólido”.
Em termos ajustados, o Ebtida da AES Brasil foi de R$ 511,1 milhões no 4T23, enquanto o valor projetado pela XP era de R$ 511,5 milhões. Em relação ao 4T22, o Ebtida da companhia registrou uma alta de 42%, principalmente em razão das aquisições feitas em dezembro de 2022.
“A geração hídrica teve um desempenho melhor do que no ano passado devido à melhor hidrologia e a redução no preço médio de venda. Por outro lado, a geração eólica e solar foi prejudicada por 90,1GWh de restrições do ONS”, explica a XP em seu relatório.
Já em relação à dívida líquida consolidada da AES, o valor alcançado ao final de 2023 era de R$ 11,7 bilhões, resultando em uma relação dívida líquida/Ebtida de 5,3 vezes. A subsidiária AES Operações anunciou que sua dívida líquida está na casa dos R$ 5,7 bilhões.
Outro destaque feito pela XP foi a aprovação pelo conselho administrativo de uma nova distribuição de dividendos da AES Brasil, no valor de R$ 44,9 milhões. Esse montante equivale a R$ 0,07 por ação, com um dividend yield (DY) de 0,7%.
A AES Brasil também divulgou o seu novo plano de investimento de 5 anos, visando investir R$ 1,3 bilhão até o ano de 2028. Desse valor, cerca de R$ 829 milhões seriam destinados para modernização e manutenções, enquanto R$ 131 milhões poderiam ser utilizados para projetos em desenvolvimento e mais R$ 388 milhões para expandir seus complexos eólicos Cajuína e Tucano.
BTG Pactual tem recomendação neutra para ações da AES Brasil
O BTG Pactual também tem uma avaliação de neutralidade para as ações da AES Brasil, mas seu preço-alvo para a ação é de R$ 11.
Os analistas consideram que a companhia teve “bons resultados parcialmente compensados por restrições”.
Embora o Ebtida registrado pela AES Brasil tenha sido de R$ 511 milhões, o BTG destaca que quando esse montante é ajustado pelo recebimento de indenizações referentes aos atrasos nas obras, no valor de R$ 49 milhões, se obtém um Ebtida de R$ 462 milhões, o que é 5% inferior ao projetado pelos analistas da casa, de R$ 488 milhões, porém com crescimento anual de 28%.