AES Brasil (AESB3): empresa estaria de saída do Brasil, diz colunista
A empresa AES Brasil (AESB3), de origem americana, estaria de saída do Brasil. A informação foi revelada pelo colunista do O Globo, Lauro Jardim.
Segundo o colunista, a AES contratou os bancos Itaú (ITUB4) e Goldman Sachs (GSGI34) para a venda de seus ativos em geração de energia elétrica.
O colunista lembra que o atual CEO Global da AES, André Gluski, comandava a subsidiária da companhia na capital da Venezuela no ano de 2007. Na ocasião, o executivo havia decidido que a companhia deveria se desfazer de tudo e sair da região.
A AES Brasil investe no Brasil desde 1997 e é uma geradora de energia elétrica totalmente renovável. Atualmente, a empresa possui 5,2 GW de capacidade instalada exclusivamente renovável.
Em nota enviada ao Suno Notícias, a AES declarou que “como já comunicado anteriormente, sua controladora, AES Corp, avalia alternativas para financiar o crescimento da Companhia e melhorar sua estrutura de capital”.
Resultados da AES Brasil
No terceiro trimestre do ano passado, a AES Brasil registrou um lucro líquido de R$ 124,4 milhões. O valor corresponde a um crescimento de 21,3% em comparação aos R$ 102,6 milhões apurados no mesmo período do ano imediatamente anterior.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) da companhia foi de R$ 429,7 milhões no 3T23. Essa cifra veio 51,4% acima do visto na comparação anual.
O resultado da AES Brasil relativo ao quarto trimestre de 2023 está previsto para ser divulgado no dia 26 de fevereiro.
Cotação da AESB3
Nos últimos 12 meses, a empresa acumula uma valorização de 14,08% na bolsa de valores brasileira. Apesar disso, a companhia registra uma queda de 7,95% nos últimos 30 dias. Atualmente, as ações estão cotadas a R$ 11,34.
Em relatório mais recente, a XP citou que possui uma recomendação neutra para AES Brasil, com preço-alvo para o ano de 2024 de R$ 14,00 por ação. Segundo a corretora, o atual cenário de preços de energia é o grande desafio para o desenvolvimento de novos projetos.
Ainda segundo a XP, após a conclusão dos Projetos Cajuína e Tucano, a empresa concentrará esforços na diminuição de alavancagem. Segundo a corretora, outra possibilidade para acelerar esse caminho de redução de alavancagem é a venda de ativos não essenciais por parte da AES Brasil, como o Parque Eólico Cassino.