AES Brasil (AESB3) reverte prejuízo e lucra R$ 102,6 milhões no 3T22

A AES Brasil (AESB3) divulgou, nesta quinta-feira (3), que obteve lucro líquido consolidado de R$ 102,6 milhões no terceiro trimestre do ano. A companhia reverteu, assim, um prejuízo de R$ 103,1 mi registrado no mesmo período do ano passado.

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Segundo a empresa, mesmo positivo, esse desempenho ainda exclui os R$ 532,6 mi recebidos em crédito fiscal no período, além de ressarcimento relacionado ao risco hidrológico (GSF).

No terceiro trimestre, a empresa reportou um avanço de 18,9% na receita operacional líquida de R$ 661,7 mi para R$ 786,6 mi. No comparativo dos nove primeiros meses de 2021 e 2022, a alta foi de 17,1% para mais de R$ 2 bi. 

A divisão brasileira da AES registrou uma alta de 207,5% no lucro Ebitda (antes de juros, impostos e amortizações) para R$ 283,8 mi. A margem Ebitda, portanto, foi a 36,1%, uma alta de 22,1%.

Os custos e despesas operacionais chegaram ao patamar de R$ 143,6 mi, crescimento de 21,3% no comparativo anual. Já os investimentos da AES somaram R$ 696 mi, um avanço superior a 192% também em relação há um ano. No ano, os custos totalizaram R$ 389,3 milhões, alta de 23,7%.

A dívida líquida, por sua vez, caiu 9,8%, de R$ 4,954 bilhões no terceiro trimestre de 2021 para R$ 4,467 bilhões no mesmo período de 2022.

A geração de energia consolidada avançou 21,1%, para 2.693 GWh, no 3T22. A operação hídrica alcançou 1.839 GWh (+32,6%), a eólica foi para 714 GWh (+3%), enquanto a solar ficou em 140 GWh (-2,9%).

O vice-presidente e de Relações com Investidores da AES Brasil, Alessandro Gregori, destacou a aquisição de três novos complexos eólicos como parte positiva dos resultados planos operacionais do período.

“O terceiro trimestre de 2022 foi marcado por passos importantes na execução da nossa estratégia de crescimento e diversificação do portfólio, por meio da aquisição de ativos de fontes complementares à hídrica e pela evolução nos resultados operacionais do período”, disse Gregori.

“Anunciamos em agosto a adição de +456 MW de capacidade instalada operacional a partir da aquisição de três novos complexos eólicos: Ventos do Araripe (PI), Caetés (PE) e Cassino (RS)”, completou.

“No terceiro trimestre do ano passado o PDL (Preço de Liquidação das Diferenças) estava no teto de R$ 581,76 por megawatt-hora (MWh), e nesse trimestre, em função da melhora dos reservatórios, está no piso de R$ 55,70 por MWh, fazendo com que nosso custo de compra de energia caiam”, disse Gregori ao Broadcast Energia.

De julho a setembro, os gastos com a compra de energia no trimestre diminuíram 20,4% no terceiro trimestre, em comparação com o mesmo período de 2021, para R$ 359,1 milhões. Contudo, no acumulado de 2022, os gastos com compra de energia aumentaram 13,4% para R$ 871,2 milhões. No período o GSF médio da AES foi de 74,6%, elevação de 23,4 pontos porcentuais (p.p.) em relação ao mesmo período do ano passado.

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Wesley Santana

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