A AES Brasil (AESB3) reportou lucro líquido de R$ 112,3 milhões no quarto trimestre do ano passado, queda de 18,0% em base anual de comparação. No acumulado de 2023 a empresa teve lucro de R$ 333,3 milhões, alta de 4,1% em relação a 2022.
No trimestre, a receita líquida da AES totalizou R$ 973,6 milhões, alta de 28,0% sobre o mesmo período do ano anterior, enquanto no ano ela alcançou R$ 3,431 bilhões, elevação de 20,6% sobre 2022.
De outubro a dezembro, o Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) somou R$ 511,1 milhões, aumento de 42,0%. Considerando os 12 meses de 2023, o Ebitda da empresa foi de R$ 1,686 bilhões, crescimento de 42,5%.
A margem Ebitda do trimestre alcançou 52,5%, crescimento de 5,2 pontos porcentuais (p.p.) em relação a igual intervalo do ano anterior. No acumulado do ano, o indicador ficou em 49,1%, alta de 7,5 p.p., informou a companhia.
As despesas financeiras do trimestre somaram R$ 276,4 milhões, aumento de 45,9%, enquanto no ano ela totalizou R$ 1,117 bilhão, alta de 59,5%.
Já a dívida líquida consolidada totalizou R$ 11,7 bilhões ao final de 2023, montante 6,4% superior ao observado um ano antes.
Operacional
No 4T23 da AES, a geração bruta de energia totalizou 1.495,3 gigawatts-hora (GWh), elevação de 98,4%, enquanto no ano as usinas da empresa produziram 4.903,5 GWh, crescimento de 107,9%.
Segundo a AES Brasil, esse crescimento é explicado, principalmente, pela geração de três novos complexos eólicos que foram adicionados ao portfólio ao longo do ano, e que contribuíram com uma geração bruta de 435,8 GWh no quarto trimestre e de 1.656,0 GWh no ano.
Com Estadão Conteúdo
AES Brasil (AESB3): empresa estaria de saída do Brasil, diz colunista
A empresa AES Brasil (AESB3), de origem americana, estaria de saída do Brasil. A informação foi revelada em janeiro pelo colunista do O Globo, Lauro Jardim.
Segundo o colunista, a AES contratou os bancos Itaú (ITUB4) e Goldman Sachs (GSGI34) para a venda de seus ativos em geração de energia elétrica.
O colunista lembra que o atual CEO Global da AES, André Gluski, comandava a subsidiária da companhia na capital da Venezuela no ano de 2007. Na ocasião, o executivo havia decidido que a companhia deveria se desfazer de tudo e sair da região.
A AES Brasil investe no Brasil desde 1997 e é uma geradora de energia elétrica totalmente renovável. Atualmente, a empresa possui 5,2 GW de capacidade instalada exclusivamente renovável.
Em nota enviada ao Suno Notícias, a AES declarou que “como já comunicado anteriormente, sua controladora, AES Corp, avalia alternativas para financiar o crescimento da Companhia e melhorar sua estrutura de capital”