AES Brasil (AESB3) assina pré-contrato para produção de hidrogênio verde

A AES Brasil (AESB3) anunciou nesta quinta-feira (22) que assinou um pré-contrato com o Complexo de Pecém para avançar com os estudos de viabilidade para produção de até 2 GW de hidrogênio verde.

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Além disso, a AES Brasil também pretende produzir até 800 mil toneladas de amônia verde por ano.

De acordo com a companhia, a intenção é viabilizar uma planta de produção e comercialização de hidrogênio verde e seus derivados utilizando o terminal cearense para exportar sua produção para países da Europa. A assinatura aconteceu nesta quinta-feira, durante o Pro Energia Summit 2022, em Fortaleza (CE).

Dando continuidade ao Memorando de Entendimento assinado em dezembro de 2021, o pré-contrato possibilita que a AES Brasil continue em frente com os estudos de viabilidade técnica e comercial do projeto.

“Somos hoje um importante parceiro de empresas que buscam a transição energética e caminhos para a descarbonização de sua matriz. Para a AES Brasil, a assinatura desse pré-contrato representa mais um passo importante rumo à diversificação de nosso portfólio, baseado em soluções inovadoras e em energia 100% renovável”, afirma Clarissa Sadock, CEO da AES Brasil.

O hidrogênio verde é um vetor energético que desperta o interesse do mercado, conforme as metas de redução de emissões de gases do efeito estufa se tornaram mais desafiadoras, assim como seu custo, que vem se tornando competitivo, com a diversificação de fontes de energias renováveis.

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AES Brasil: aquisição de eólicas tem baixo potencial de geração de valor, diz Genial

AES Brasil anunciou em agosto a aquisição de três usinas eólicas: Ventos do Araripe (Piauí), Caetés (Pernambuco) e Cassino (Rio Grande do Sul). Essa operação custou cerca de R$ 2 bilhões — R$ 1,1 bi na aquisição, somados a uma dívida de R$ 928 milhões que será assumida pela empresa. A companhia também anunciou uma capitalização via aumento privado de capital entre R$ 500 milhões e R$ 1,1 bilhão.

A Genial definiu a aquisição da AES Brasil como “marginalmente positiva”. É estimado um impacto positivo de +R$ 0,20 a 0,23/ação no preço-alvo recomendado pela Genial para o ativo, que atualmente está em R$ 13,00 (valorização de 27,7%), representando cerca de 2% do atual preço da ação. Esse impacto vai depender da quantidade de ações a serem emitidas na emissão privada anunciada.

Por isso aquisição de eólicas tem baixo potencial de geração de valor, segundo a Genial.

Os analistas estimaram uma taxa interna de retorno alavancada de 12% – com TIR real de 9,7% desalavancada – em termos reais e um valor presente líquido de R$ 126 milhões. “Taxas internas de retorno acima de 9,5% são projetos que devem gerar valor à empresa”, explica.

Para os analistas da Genial, a AES Brasil (AESB3) tende a se beneficiar dessas aquisições, devido a uma diversificação de suas fontes de receita e geração de caixa. A empresa verá também aumento de escala das operações e uma eventual cooperação do ativo adquirido com operações que a AES Brasil já possui ao redor do país.

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Victória Anhesini

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