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AES Brasil (AESB3) tem queda no lucro líquido, que vai a R$ 70,9 milhões

Radar

TFoto: Pixabay

A AES Brasil (AESB3) registrou lucro líquido de R$ 70,9 milhões no primeiro trimestre de 2022, queda de 23,7% frente os R$ 93 milhões de igual etapa do ano passado. O desempenho reflete efeitos não recorrentes registrados no ano passado, como o ressarcimento relacionado ao risco hidrológico (GSF). Excluindo esse fator, o resultado é 2,5% superior aos R$ 69,2 milhões do lucro líquido ajustado dos três primeiros meses do ano passado.

“De maneira normalizada, todas as linhas melhoraram”, disse ao Broadcast Energia o diretor vice-presidente e de Relações com Investidores da AES Brasil, Alessandro Gregori. Ele destacou que a performance operacional da companhia melhorou, com todas as fontes apresentando evolução positiva.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 300,6 milhões, uma baixa de 13,9% ante igual período de 2020. Já o Ebitda ajustado, que exclui o ressarcimento do GSF no primeiro trimestre do ano passado e custos não recorrentes em ambos os períodos, chegou a 313,3 milhões, alta de 1,8%. A margem Ebitda ajustado caiu 9 pontos porcentuais, para 46,3%.

A receita líquida da AES Brasil subiu 21,6% entre janeiro e março, frente aos mesmos meses do ano passado, para R$ 676,8 milhões.

Já os custos de operação e despesas operacionais da geradora cresceram 32,3% e totalizaram R$ 131 milhões no trimestre. Os custos com compra de energia aumentaram ainda mais: 125,2%, para R$ 245,2 milhões, impulsionadas pelas compras feitas em 2021, quando a hidrologia desfavorável levou a companhia a buscar se antecipar e proteger de uma potencial manutenção do cenário ruim.

Geração

Em termos de geração própria de energia, a companhia anotou um crescimento de 14,4% da geração hídrica, para 2.676 gigawatts-hora (GWh), com a melhora do nível dos reservatórios.

O primeiro trimestre de 2022 mostrou uma condição hídrica bastante diversa da verificada no ano passado. A afluência no Sistema Interligado Nacional (SIN) chegou a 110,5% da Média de Longo Termo (MLT), uma alta de 35,8 p.p base anual de comparação.

No Sudeste/Centro-Oeste, onde está concentrada a maior parte da geração hídrica do País, a afluência encerrou o período em 96,8% da MLT, volume 25 p.p maior ante o mesmo intervalo de 2021.

O nível médio dos reservatórios no SIN subiu 24,7 p.p nos primeiros três meses do ano, para 69,9%, enquanto o nível médio dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste chegou a 63,6%, uma elevação de 28 p.p na mesma base de comparação.

“O volume de água nos reservatórios permite a gente voltar a esperar uma condição de GSF ou geração hídrica mais próxima do que é normal, passamos a situação em que tínhamos uma restrição nessa fonte”, comentou Gregori.

Os ativos das demais fontes operadas pela AES Brasil também apresentaram bom desempenho. A geração eólica cresceu 1,1%, para 408 GWh, enquanto a fonte solar produziu 14,7% mais, para 153,7 GWh.

Com Estadão Conteúdo

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