O grupo espanhol Aena arrematou um bloco com onze terminais em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Pará e Minas Gerais por R$ 2,45 bilhões que inclui o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, na 7ª rodada de concessão de aeroportos que o governo federal promove nesta quinta-feira (18) na B3 (B3SA3).
O valor representa um ágio de 231% em relação à outorga mínima estabelecida no edital, de R$ 740,1 milhões.
O bloco SP-MS-PA-MG reúne os aeroportos de Congonhas, de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul; Santarém, Marabá, Parauapebas e Altamira, no Pará; e Uberlândia, Uberaba e Montes Claros, em Minas Gerais.
A Aena já opera seis aeroportos no Nordeste do Brasil.
Além disso, no primeiro bloco da licitação, o aeroporto do Campo de Marte, em São Paulo, junto com de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, foram arrematados pela XP Infra, a única interessada, por R$ 141,4 milhões, mesmo valor do lance mínimo inicial fixado.
O Consórcio Novo Norte levou o bloco Norte II, por R$ 125 milhões, composto por terminais nos estados do Pará, Belém, Amapá e Macapá. O valor inicial mínimo era de R$ 56,9 milhões.
O Bloco Norte II foi o único que teve concorrência, sendo disputado em muitos lances de viva voz pelo Consórcio Novo Norte Aeroportos e pela Vinci Airports. Esse bloco acabou sendo vencido pelo Consórcio Novo Norte, que ofereceu a proposta de R$ 125 milhões, o que representou ágio de 119,78%.
Segundo a Anac, os 15 aeroportos que foram leiloados hoje respondem por 15,8% do total do tráfego de passageiros no Brasil, o que equivale a mais de 30 milhões de viajantes por ano.
Sampaio: estamos muito satisfeitos com o resultado do leilão de hoje
O ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, avaliou positivamente o resultado da 7ª rodada de concessão de aeroportos, promovida nesta quinta-feira, 18. “Estamos muito satisfeitos com o resultado de hoje”, afirmou.
Sampaio destacou a participação da estrangeira Aena na disputa. A espanhola arrematou o bloco de aeroportos SP-MS-PA-MG, que inclui Congonhas, por R$ 2,45 bilhões, um ágio de 231%. “Mais do que muitos concorrentes, tivemos um concorrente que deu lance com ágio de 231%. O Brasil é um destino seguro para o capital estrangeiro”, avaliou o ministro.
Nessa linha, Sampaio ressaltou a diversidade de empresas participantes, incluindo também a XP. “Comemoramos a pluralidade de operadores em infraestrutura. Isso nos traz mais segurança”.
Ainda de acordo com o ministro, esse foi o 100º leilão promovido pela pasta, com R$ 120 bilhões contratados. A expectativa é que a 8ª rodada de concessão de aeroportos, que vai incluir o Santos Dummont e Galeão, ocorra no ano que vem.
“Vamos reequilibrar a matriz de transportes no Brasil, trazendo um regime simples para que o privado posso continuar investindo”, completou Sampaio.
Congonhas: segundo maior aeroporto do País
No total, o leilão promoveu a oferta de três blocos, somando 15 terminais ao redor do País, responsáveis por 15,8% do total do tráfego de passageiros no Brasil.
O ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, representantes do governo federal e executivos do setor estavam na B3 para acompanhar o leilão realizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
As vencedoras do leilão que adquiriram os blocos devem realizar investimentos de cerca de R$ 7,2 bilhões durante os 30 anos das concessões. Devem ainda investir em modernização nos aeroportos nos 5 primeiros anos.
O Aeroporto de Congonhas é administrado pela Infraero e o segundo maior aeroporto do País, com cerca de 600 voos por dia no cenário pré-pandemia e com mais de 60 mil passageiros por dia.
(Com informações do Estadão Conteúdo)