A Aegea, que está sob o guarda-chuva da Itaúsa (ITSA4), está montando um consórcio em parceria com fundos de investimentos para se tornar acionista de referência da Sabesp (SBSP3) – que deve ter sua oferta de privatização realizada em breve.
O CEO da Aegea, Radamés Casseb, disse em evento do Bradesco BBI nesta quarta (3) que o objetivo da companhia é arrematar os 15% de ações, dos 30% de papéis que o estado de São Paulo deve colocar à venda.
“Quando a gente olha para Sabesp, que tem um market cap [valor de mercado] gigantesco, que demanda para os 15% [de papéis] potenciais um volume de capital numa grandeza, ainda sem bid [oferta], sem ágio, em torno de R$ 10 bilhões, é necessário pensar numa estrutura de capital com novos parceiros, para que você possa fazer frente à competição”, afirmou Casseb
“Nós estamos, neste momento, conversando com alguns parceiros estratégicos, do ponto de vista financeiro, de modo a compor um grupo nessa estrutura de capital”, completou.
Atualmente o Governo do Estado de São Paulo detém uma fatia societária de 50,3% da Sabesp. Recentemente o CEO da ainda estatal afirmou que a oferta pode ir de R$ 15 bilhões a R$ 20 bilhões e deve ocorrer até o fim de maio.
Segundo o executivo, as gestoras parceiras devem ser Perfin e Kinea.
Além disso, os principais acionistas da Aegea – Itaúsa e o fundo soberano de Cingapura – também estarão colaborando.
A Aegea também negocia com outros parceiros que ainda não tiveram os nomes revelados.
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Aegea, V.tal, Cimed: Veja lista de empresas que podem fazer IPO em 2024
Para 2024 há uma grande expectativa para novas entradas de empresas na Bolsa de Valores brasileira, conforme a visão de analistas e publicado pelo jornal Estadão. Esse movimento poderia acontecer após mais de 2 anos de um verdadeiro “deserto” de novas empresas abrindo capital na B3, algo que não era visto desde 1998, destacou o jornal.
Conforme projeções do Bank of America, considerando as ofertas públicas iniciais de ações (IPOs), negociações realizadas em bloco e follow-ons, a expectativa é de que as empresas listadas em Bolsa possam captar até R$ 120 bilhões.
“Estamos estimando um mercado de mais de R$ 100 bilhões e que pode chegar até a R$ 120 bilhões em captações, se vier a tempestade perfeita, com o corte de juros do Fed (Federal Reserve, o banco central americano)”, afirmou Hans Lin, corresponsável da área de banco de investimentos do Bank of America no Brasil.
Caso as captações de IPOs e follow-ons chegassem de fato a marca de R$ 120 bilhões, se teria um número mais próximo do recorde histórico registrado em 2010, que foi de R$ 149 bilhões, conforme aponta um estudo publicado pela SulAmérica Vida, Previdência e Investimentos, a partir de informações da B3.
Além disso, o total de captações de follow-ons e IPOs só chegou a superar os R$ 100 bilhões em 3 ocasiões, mais especificamente nos anos de 2010, 2020 e 2021.
O Nubank (ROXO34) está entre os últimos IPOs realizados no Brasil. Nesse caso, a listagem aconteceu de forma conjunta na B3 e na Bolsa de Nova York em dezembro de 2021. Antes disso, em agosto daquele ano, também ocorreram os IPOs de Raízen e Oncoclínicas.
Segundo o presidente da B3, Gilson Finkelsztain, mais de 50 empresas estavam planejando e se organizando para abrir capital na Bolsa de Valores nos últimos 2 anos, embora algumas delas já tenham revisto isso e até mudado de ideia.
Apesar disso, diversas empresas ainda estão entre as candidatas para estar na Bolsa de Valores brasileira daqui a alguns meses. Veja a seguir algumas das empresas que podem abrir capital em 2024 e o setor que elas pertencem:
- Pacaembu – Imobiliário
- Tegra – Imobiliário
- Kallas – Imobiliário
- Diagonal – Imobiliário
- Aegea – Saneamento
- Iguá – Saneamento
- CTG Brasil – Energia
- Rio Energy – Energia
- Rio Alto – Energia
- 2W Energia – Energia
- Cimed – Farmacêutico
- Eurofarma – Farmacêutico
- União Química – Farmacêutico
- Flora – Bens de consumo
- Oba Hortifruti – Varejo
- Kalunga – Varejo
- Nadir Figueiredo – Produtos de vidro
- V.tal – Infraestrutura digital
- Automob – Concessionária de automóveis