A Aegea Saneamento arrematou nesta terça-feira (27) o bloco 1 e o bloco 2 do leilão de serviços de esgotamento sanitário do Ceará.
Para o primeiro, a proposta de contraprestação foi de R$ 7,65 bilhões, um deságio de 27,9% sobre o valor máximo de R$ 10,6 bilhões. Já para o segundo, a proposta foi de R$ 11,37 bilhões, um deságio de 37,8% sobre o valor máximo de R$ 18,3 bilhões.
O projeto é uma Parceria Público-Privada (PPP) e o leilão tinha como critério a oferta de menor valor de contraprestação a ser paga pelo poder público.
Quatro grupos ofertaram propostas pelo lote: Aegea, Iguá, um consórcio composto por Marquise, GS Inima e PB Construções e outro por Encalso, Terracom, Hidrosystem e CGD. Iguá se classificou primeiro para o viva-voz, mas decidiu não seguir após o primeiro lance da Aegea.
O bloco 1 abrange 17 municípios e tem investimento estimado da ordem de R$ 2,4 bilhões, além de um adicional de R$ 225 milhões de gestão comercial, ao longo dos 30 anos de contrato.
O bloco 2 abrange 7 municípios e tem investimento estimado da ordem de R$ 3 bilhões (mais R$ 527 milhões de gestão comercial) ao longo dos 30 anos de contrato.
O leilão teve dois lotes, com 24 municípios no total. Os investimentos estimados somados são da ordem de R$ 6,2 bilhões.
De acordo com a Aegea, a nova unidade de negócio contempla a execução de obras de infraestrutura, melhorias, manutenção e operação dos sistemas, além de prever investimentos de R$ 4,89 bilhões até 2033, outros R$ 718 milhões até 2040 e o restante, R$ 604 milhões até 2052, totalizando cerca de R$ 6,2 bilhões no período de contrato.
O diretor-presidente da Aegea, Radamés Casseb, destacou, em nota, que ainda que os avanços em atendimentos nas regiões Norte e Nordeste já realizados em concessões da companhia como Teresina e Manaus são reflexos são reflexo do trabalho realizado pela companhia, em adaptação às diferentes realidades brasileiras, além de grandes investimentos e inovação para eficiência operacional.
“Este novo projeto reforça nosso compromisso em promover vidas mais dignas e saudáveis, principalmente para a população mais vulnerável, em aderência ao nosso modelo de negócio”, complementa.
Com os novos blocos, a Aegea passará a operar em 178 cidades, distribuídas em 13 estados, levando sua expertise e os diferentes modelos de contrato para atender mais de 25 milhões de pessoas.
(Com informações do Estadão Conteúdo)