Após ter sido alvo de mandados busca e apreensão em seus imóveis nesta terça (11), o senador Aécio Neves (PSDB-MG) convocou coletiva de imprensa. Então declarou que as solicitações da Polícia Federal foram “absolutamente desnecessárias”.
“O maior interessado em esclarecer todas essas questões sempre fui eu”, declarou Aécio Neves. “Sempre estive à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos devidos. A verdade é que não podemos mais aceitar que declarações de criminosos confessos se sobreponham à verdade”.
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O senador tucano se refere aos depoimentos de Joesley Batista, cuja família é controladora do grupo JBS, e Ricardo Saud, um dos executivos da empresa. Segundo Batista, foram repassados R$ 110 milhões a Aécio e seus aliados. O período citado foi entre 2014 e 2017. O tucano termina seu mandato no Senado Federal em dezembro. Mas Aécio manterá sua imunidade parlamentar em 2019. Eleito deputado federal na última eleição, seguirá para a Câmara dos Deputados em janeiro.
“O que estamos tratando nesse inquérito são doações de campanha eleitoral, feitas em 2014 de forma legal, registradas na Justiça Eleitoral. Agora, delatores e o senhor Joesley Batista, em busca de manutenção de sua incrível imunidade penal, falseia as informações. Não houve nenhuma ilicitude”, disse.
A operação da Polícia Federal desta terça
A ordem para as buscas foi autorizada pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). Trata-se da instância da Justiça onde repercutem as investigações referentes aos políticos com o chamado foro privilegiado.
No total, foram 24 mandados de busca em oito estados e o Distrito Federal (DF). Os estados são: Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Amapá.
Em São Paulo, um dos nove locais da ação da Polícia Federal foi a sede da Força Sindical, entidade presidida pelo deputado federal Paulinho da Força (SD-SP). Além disso, Andrea Neves, irmã de Aécio Neves, também foi alvo da operação.