Adidas pode vender a marca Reebok nos Estados Unidos
A fabricante de equipamentos esportivos Adidas informou que cogita vender a marca Reebok nos Estados Unidos. As informações são do Dow Jones Newswires e foram publicadas nesta segunda-feira (14).
Entretanto, a Adidas ainda pode decidir manter a marca, ao passo que a decisão será anunciada em 10 de março de 2021. Segundo a companhia, a venda da Rebook está entre as opções analisadas como parte de sua estratégia para os próximos 5 anos.
Vale lembrar que a companhia alemã comprou a Reebok por aproximadamente € 3 bilhões em 2006, buscando expandir sua operação nos Estados Unidos. Além disso, a companhia buscava desafiar a Nike (NYSE: NKE) no País, mas de acordo com analistas ouvidos pela Dow Jones Newswires, o projeto não deu certo.
Cabe destacar que a Nike é a maior fabricante de roupas esportivas do mundo e logo atrás vem a Adidas.
Quando adquiriu a Rebook, a companhia alemã obteve êxito em melhorar os negócios da subsidiária, mas ainda assim os resultados da marca puxaram para baixo os lucros do grupo.
Nesse sentido, em 2016 o presidente da Adidas, Kasper Rorsted, lançou um plano de recuperação para a Rebook. Assim, a marca voltou a dar lucro já em 2018. Contudo, o analista da RBC Capital Markets, Piral Dadhania, considera que “voltar ao lucro foi um bom passo, mas impulsionar a receita é outra coisa”.
Adidas no 2T20
A Adidas apresentou um prejuízo de 295 milhões de euros (cerca de R$ 1,87 bilhão) referente ao segundo trimestre deste ano. No mesmo período do ano passado, o lucro havia sido de 531 milhões de euros (cerca de R$ 3,36 bilhões).
A segunda maior fabricante de equipamentos esportivos, atrás apenas da Nike (NYSE: NKE), viu seu faturamento recuar 35% no período de abril a junho. Segundo a Adidas, o bom desempenho das vendas on-line não foi capaz de compensar as perdas com o fechamento temporário de 70% das unidades físicas em todo o mundo, em função dos impactos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Já no terceiro trimestre, as vendas da Adidas recuaram 6,7%, ao passo que as vendas da Reebok apresentaram queda de 12,3%.